A Defensoria Pública do Estado de Roraima (DPE-RR), representada pela defensora Jeane Xaud, participa da primeira edição temática do Fórum Social Mundial Justiça e Democracia (FSMJD). O evento segue até sábado (30), em Porto Alegre, com palestras e rodas de conversa. A mesa de abertura, com tema “Vítimas do Sistema de Justiça”, contará com a presença da ex-presidente Dilma Rousseff.
Preparatório para FSMJD, que será entre os dias 1º e 6 de maio, no México, o fórum visa abordar o Sistema de Justiça e a Democracia sob diversos ângulos teóricos e práticos. Ao final, serão apresentadas propostas à reflexão coletiva e ao diálogo público.
As discussões serão divididas em cinco eixos: Democracia, Arquitetura do Sistema de Justiça e as forças sociais; Sistema de Justiça, Democracia e Direitos de grupos vulnerabilizados; Capitalismo, desigualdades, relações sociais, mundos do trabalho e sistemas democráticos de Justiça; Democracia, Comunicação, tecnologias e Sistema de Justiça e Perspectiva transformadora do Sistema de Justiça e a centralidade da cultura nesse processo.
Nessa quinta-feira (28), Jeane Xaud participará de duas rodas de conversa no evento, sendo a primeira às 11h, com o tema “A democratização política pelo trabalho delas” e a segunda às 16h30, sobre “Violência institucional de gênero”.
Uma das integrantes fundadoras da Coletiva Mulheres Defensoras Públicas do Brasil, que reúne mais de 200 defensoras públicas, Jeane explica que a participação das mulheres defensoras do Norte no evento trará diversidade na discussão devido às particularidades da região amazônica.
“Nós lidamos com uma gama de violações de direitos humanos muito diferente dos demais Estados brasileiros e do mundo. Somos uma tríplice fronteira, com uma grande população indígena e isso precisa ser visibilizado pelo Centro-Sul e o mundo”, pontuou.
O FSMJD engloba mais de 150 movimentos e entidades da sociedade civil participantes. Na visão de Jeane, o pleito pela construção de um sistema de justiça que realmente trabalhe na redução da opressão das minorias vulnerabilizadas é inarredável do interesse direto da Defensoria Pública em razão de sua missão constitucional de promoção dos Direitos Humanos e de sua natureza de Ombudsman desses direitos, principalmente no contexto em que o órgão sofre inúmeros ataques institucionais.