Cotidiano

Dupla ataca motoboy de loja e leva R$ 9,5 mil que seriam depositados

Por volta das 11h30 de quinta-feira, o motoboy de uma empresa de construção foi vítima de um assalto à mão armada enquanto seguia em direção ao banco com um malote contendo R$ 9.500,00. Ele foi seguido e rendido por dois elementos que tomaram o dinheiro. O caso foi registrado no 4º Distrito Policial e, depois de uma série de investigações, a polícia conseguiu prender dois suspeitos.

A vítima relatou que saiu da loja com o dinheiro para fazer o depósito e, assim que dobrou na Rua Sólon Rodrigues Pessoa, em direção à Avenida dos Garimpeiros, na zona Oeste, próximo a um supermercado, dois homens em uma moto Fan 125 vermelha passaram a segui-lo. Como viu que estava sendo seguido, o motoboy decidiu olhar para trás para tentar identificar os ocupantes do veículo, momento em que o garupa, com uma arma em punho, mandou encostar às margens da via.

Obedecendo ao suspeito, o homem parou e desceu do veículo, quando foi abordado pelo bandido armado, que foi em sua direção e disse que queria o dinheiro, apontando para a cintura da vítima que, temendo por sua vida, acabou entregando o pacote.

A placa da moto estava virada, mas o motoboy conseguiu ver a numeração quando os criminosos fugiam e correu para a residência de uma testemunha para que anotasse os dados. O homem retornou ao local de trabalho e guardou a fisionomia do bandido, que tinha aproximadamente 1,70 de altura, olhos claros e grandes, além de ser magro e moreno. Depois de informar ao patrão sobre o assalto, ele registrou a ocorrência e, depois de passar mais uma vez na empresa, foi liberado por não ter condições psicológicas de exercer suas funções.

Por volta das 17h30, ainda da quinta-feira, o funcionário recebeu um telefone da empresa para que ele fosse até a loja para fazer o reconhecimento dos suspeitos que estavam numa chácara do bairro Senador Hélio Campos, na zona Oeste, onde a viatura do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar estava.

Quando viu os elementos, a vítima achou um deles muito parecido com o autor do crime, que tem as mesmas características citadas por ele. Outro fato estranho foi a prisão de um ex-funcionário da loja, que seria o comparsa na prática do delito. O indivíduo foi demitido por causa do comportamento e porque seria usuário de drogas.

Apesar de os dois suspeitos negarem envolvimento no roubo, as vítimas acreditaram que eles tenham sido os autores do crime. Quando questionado na delegacia sobre os dedos manchados, com indícios de que seja por conta do uso de entorpecentes, o suspeito disse que trabalhava na colheita de mangas e que a moto que estava com ele está em nome de um policial militar, mas que ele detinha documento e uma procuração.

Como não havia requisitos contundentes para a lavratura do flagrante, a autoridade policial preferiu liberar os indivíduos. No entanto, o caso ainda será investigado, uma vez que a ocorrência será encaminhada à delegacia especializada. (J.B)