Cotidiano

Eleições registram 12 pessoas presas

Entre as pessoas encaminhadas à Polícia Federal estiveram um deputado estadual, candidato à reeleição, e uma candidata à Assembleia Legislativa

YANA LIMA AMÍLCAR JÚNIOR DANIELA MELLER Editoria de Cidade
Pelo menos 12 pessoas foram presas neste domingo por crimes eleitorais. Destas prisões, cinco ocorreram no interior do Estado. Outras quatro pessoas foram flagradas desobedecendo à Lei Seca. Na Capital, a Polícia Federal informou a prisão de sete pessoas, entre elas estão o deputado estadual Zé Reinaldo (PSDB) e a ex-deputada estadual e candidata ao mesmo cargo, Marília Pinto (PSB).
O informe da Polícia Federal à imprensa noticiou ainda a condução de um candidato a deputado federal, no entanto, o órgão não informou detalhes sobre as prisões, tampouco a identidade dos envolvidos. A Folha acompanhou a prisão em flagrante do deputado estadual Zé Reinaldo (PSDB), às 11h de ontem, em uma casa localizada na avenida Getúlio Vargas, no Centro, utilizada como local para ensaio de uma escola de samba.
Segundo a PF, no local havia várias pessoas aglomeradas com o candidato, quando foi apreendido envelope em poder dele contendo títulos e dados pessoais de eleitores, além de dinheiro. Um dos eleitores confessou que estaria “recebendo ajuda” para uma escola de samba em troca de apoio.
A Folha também verificou que outra prisão se trataria de Marília Pinto (PSB), candidata a uma vaga na Assembleia Legislativa, sob suspeita da prática de boca de urna, momento em que ela estaria fazendo a distribuição de santinhos em locais não permitidos.
Ainda conforme a PF, uma mulher foi presa por compra de voto no bairro dos Estados, zona Norte. Com ela, foram apreendidos R$ 200,00. No mesmo bairro, houve cumprimento de mandado de busca e apreensão no escritório de um candidato, onde foram apreendidos dinheiro e uma lista de eleitores com valores estipulados em tabela. Três envolvidos foram presos. Outra prisão ocorreu no bairro Caçari, quando um taxista foi detido por praticar boca de urna. As prisões ocorreram entre 00h30 e 15h de domingo.
“Por garantia da Constituição Federal, os dois deputados flagrados em crime eleitoral e conduzidos foram liberados após colhidos os depoimentos e dados pessoais”, informou a Polícia Federal. Foram formalizados inquéritos policiais que serão encaminhados à Justiça Eleitoral ao fim do prazo legal de 30 dias para conclusão das investigações.
EMBRIAGUEZ – No período de 24 horas, das 20h de sábado às 20h de domingo, durante a vigência da Lei Seca em função das eleições, quatro pessoas foram presas em flagrante por embriaguez ao volante. Todos os casos foram registrados no Plantão de Polícia Genérico (PPG).
Dos presos, duas pessoas foram flagradas durante a madrugada de sábado e as outras duas, uma pela manhã e outra no período da tarde de ontem. Todos os envolvidos foram liberados após pagamento de fiança para responder ao processo em liberdade.
As fiscalizações em toda a Capital e Interior foram intensificadas pela Polícia Militar (PM). Pelo menos, dez estabelecimentos foram notificados. Alguns tentaram burlar a lei, vendendo bebida alcoólica nos fundos do comércio.