Cotidiano

Em 2016, apenas Venezuela terá desempenho pior que o Brasil

No câmbio, o IIF estima nova piora do real

A recessão no Brasil deve se aprofundar este ano e o Produto Interno Bruto (PIB) do país deve encolher 4%, afirma o Instituto Internacional de Finanças (IIF), formado pelos 500 maiores bancos e instituições financeiras do mundo, com sede em Washington.

O desempenho do Brasil este ano só deve perder na economia mundial para a Venezuela, que deve ter contração de 10%, de acordo com relatório do IIF. A Rússia, outro país em recessão, deve encolher 1,5%.

A melhora dos níveis de confiança, que estão em patamares historicamente baixos, vai precisar de uma correção coerente na política macroeconômica e avanços em reformas de longo prazo que vêm sendo há anos adiadas, como a reforma da Previdência e a tributária.

Mas, em meio ao processo de impeachment e às dificuldades do Planalto no Congresso, o IIF não vê a capacidade de Dilma mudar a economia.

Neste cenário, após a recessão este ano, o IIF projeta apenas uma melhora modesta em 2017, com o PIB voltando a crescer, mas devendo mostrar expansão de apenas 0,5%. A previsão do IIF é que o déficit nominal do setor público, que superou os 10% em 2015, siga nesse patamar em 2016.

Para a Selic, a previsão é de estabilidade da taxa, em 14,25% em 2016, com o juro voltando a cair no primeiro trimestre de 2017, para 13,75%.

No câmbio, o IIF estima nova piora do real. A previsão é que o dólar deve chegar a R$ 4,60 no final deste ano e a R$ 5,00 em dezembro de 2017. A inflação ao consumidor deve ficar em 7,4% este ano e 6,2% em 2017.

Com informações da Isto É.