Representantes de sindicatos da Saúde de Roraima se reuniram, na manhã desta quarta-feira (30), com o secretário-chefe da Casa Civil, Flamarion Portela, para expor reivindicações, como o pedido por isonomia na reposição salarial.
A reunião foi realizada após ato organizado pelos sindicatos em frente ao Palácio Senador Hélio Campos. A mobilização também foi motivada pela decisão do governador Antonio Denarium (Progressistas) concordar em conceder mais 10% de reposição salarial para os trabalhadores da Educação, além dos 11% concedidos para todos os servidores estaduais neste ano.
Outra reivindicação dos sindicatos da Saúde é o pedido pelo fim do parcelamento do reajuste salarial previsto na última atualização do PCCR (Plano de Cargos, Carreira e Remuneração) da área, sob a alegação de que profissionais, sobretudo, os de nível Superior, foram prejudicados.
No ano passado, o Governo atualizou o PCCR com direito a reajuste de 43% para os servidores, pago em três parcelas para os cargos de nível Superior e em duas para os de Médio e básico. A mesma alteração passou a incluir no Plano todas as categorias, incluindo médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionistas, fisioterapeutas, técnicos e auxiliares de radiologia.
“O escalonamento nos deixou insatisfeitos. A divisão do PCCR, com perda automática de alguns direitos, não compensou nosso ganho salarial. Hoje, nível Superior teve perda salarial e nível Médio meio que empatou com o ano anterior e não houve melhora”, disse Maria de La Paz, presidente do Sindprer (Sindicato dos Profissionais de Enfermagem do Estado de Roraima).
Além disso, as entidades também cobram o reajuste salarial para os profissionais seletivados e a regulamentação da gratificação por qualificação para os trabalhadores da Saúde.
“A gratificação por qualificação, que está prevista no PCCR, foi orçada antes dele começar a valer. É uma gratificação que diz respeito à valorização do servidor que estuda e se prepara para estar na atividade de Saúde do dia a dia”, explicou Liana Macedo, presidente da Arnutri (Associação Roraimense de Nutrição).
“Faltou regulamentação do adicional de qualificação, que repararia essa perda que a gente teve no salário, porém, isso não aconteceu”, disse Maceli Carvalho, presidente do Sintras (Sindicato dos Trabalhadores de Saúde de Roraima).
Em nota, o Governo de Roraima confirmou que marcou um novo encontro com representantes das classes para 13 de abril, quando irá apresentar um posicionamento sobre as reivindicações.
Para a próxima reunião, os sindicatos prometem levar um documento com todas as reivindicações, exposição de problemas e propostas para solucioná-los. “Os sindicatos vão fazer os levantamentos e traçar as metas com ele [Flamarion Portela]”, explicou Erasmo Peteleco, presidente do Sintearr (Sindicato dos Tecnólogos Técnicos e Auxiliares em Radiologia).