O Comitê de Acompanhamento e Controle da Covid-19, da Câmara Municipal de Boa Vista, fez reuniões, por meio de videoconferência, para ouvir diversas categorias do seguimento cultural roraimense.
Músicos e outros artistas colocaram em pauta as dificuldades financeiras que enfrentam devido o período de isolamento social.
O produtor musical Bebeco Pujucan disse que tem levantado a bandeira dos artistas junto aos órgãos públicos, e pediu suporte dos parlamentares.
“Eu entendo que o isolamento social é fundamental para que a gente passe logo por esse momento, mas cabe ao poder público também prestar apoio àqueles que dependiam de diárias. Uma solução é que os vereadores procurem a prefeitura para que a mesma possa estimular a criação de editais para os artistas”, disse Pojucan.
O cantor Fabinho Faria comentou que muitos membros da classe artística foram os mais atingidos financeiramente.
“Nós tocamos hoje para pagar uma conta amanhã, e precisamos desse apoio de todas as esferas do poder público. Eu e outros artistas já distribuímos mais de cem cestas básicas porque tem artistas sem comer, então precisamos que os vereadores intercedam por nós”, relatou o músico.
O vereador Linoberg Almeida citou a importância de ouvir a sociedade nesse momento.
“Essa é uma experiência inovadora da Câmara de ouvir a população por videoconferência, e a gente tem trabalhado em ouvir as demandas para tratar minimamente da suspensão de tributos e taxas, ou adiamento e parcelamento; os músicos também precisam de apoio institucional, como espaços virtuais”, disse Linoberg.
Taxistas também apresentaram demandas durante videoconferência
O presidente do Sindicato dos Taxistas, Francisco Sales, disse que já apresentou pedidos a Empresa de Desenvolvimento Urbano e Habitacional (Emhur).
“Os tributos poderiam ser suspensos e parcelados, e os taxistas precisam voltar ao trabalho com algumas restrições e também orientações da Organização Mundial da Saúde. Queremos levar até três passageiros”, ressaltou Sales.
O vereador Nilvan Santos frisou que o Executivo municipal deve abrir exceção para os taxistas em alguns pontos.
“Eu acredito que a prefeitura tem que flexibilizar para que mais de uma pessoa da mesma família do taxista seja transportada pelo motorista autorizado, e com fins específicos”, disse Nilvan.