Empresa de transporte ameaça paralisar

O dono da empresa AriRR, Ari Souza, responsável pelo transporte de mais de 90 servidores que trabalham no Matadouro Frigorífico de Roraima (Mafir), localizado na região do Água Boa, no trecho Sul da BR-174, afirmou que, caso a Companhia de Desenvolvimento de Roraima (Codesaima) não repasse a segunda parcela do pagamento pelos serviços prestados nos meses de outubro, novembro e dezembro, ele irá paralisar o transporte de funcionários mais uma vez.
Conforme o empresário, o atraso do pagamento ocorreu por “má vontade” da Codesaima. “Eles têm dinheiro, sim. Eles trabalham com vários tipos de fornecimento no Mafir e tenho certeza que é indisposição deles para me pagar”, alegou ao ressaltar que, após a paralisação, que ocorreu no início da noite de segunda-feira, houve uma reunião com os funcionários da estatal, que lhe repassaram uma primeira parcela do pagamento, no valor de R$12 mil.
“Eles me chamaram e fizeram um acordo comigo, quando me repassaram a primeira parcela. Mas ainda faltam R$15 mil em prestação de serviço. Se eles não me pagarem até a próxima semana, eu irei paralisar novamente”, avisou.
MANIFESTAÇÃO – Realizada no início da noite de segunda-feira, a manifestação feita pelos funcionários do Mafir cobrou da direção da Codesaima o pagamento da empresa prestadora de serviço de transporte, responsável por levar os servidores todos os dias, às 7h30, e retorna por volta das 18h. O serviço foi suspenso por um dia.   Por conta da falta de transporte, os trabalhadores resolveram fazer uma manifestação ontem cobrando da direção da empresa a regularização do serviço, pois o Mafir fica distante da cidade e muitos servidores não têm transporte próprio.
Conforme o presidente do Sindicato dos Urbanitários, João do Povo, a empresa de ônibus que transporta os servidores alegou que estava há quatro meses sem receber o pagamento. Ele informou que das 97 pessoas que trabalham no Mafir, a maioria não tem transporte para ir e voltar do trabalho.
CODESAIMA – A assessoria de comunicação da Codesaima informou que um acordo foi firmado com a Coopecarne e que dois  meses de vencimentos foram repassados para a empresa de transporte. Conforme a informação, ainda estaria sendo estudada uma forma de liquidar o débito dos outros dois meses.
“Nosso interesse é que o trabalhador vá todos os dias para o Mafir e que isso não comprometa o abate do local, pois só teríamos prejuízos”, frisou a assessoria por telefone. “Por isso estamos junto com o gerente do Mafir, Edivando Lima, nos comprometendo a liquidar o resto da dívida o mais rápido possível”, destacou sem informar uma data exata para o pagamento. (JL)