Cotidiano

Empresa oferta 140 vagas de emprego em São João da Baliza

O grupo planeja dobrar o seu quadro de colaboradores na região Amazônica até 2025

Estão sendo ofertadas 140 vagas de emprego para atuação em São João da Baliza, no Sul de Roraima, pelo Grupo BBF (Brasil BioFuels) que tem uma usina termelétrica híbrida e cultiva a palma de óleo, de onde é extraído o dendê, a matéria-prima que move o empreendimento.

O grupo planeja dobrar o seu quadro de colaboradores na região Amazônica até 2025, ano em que pretende iniciar a produção dos inéditos biocombustíveis Diesel Verde (HVO) e Combustível Sustentável de Aviação (SAF) no Brasil.


Grupo planeja iniciar em 2025 a produção dos inéditos biocombustíveis Diesel Verde e Combustível Sustentável de Aviação (Foto: Divulgação)

Ao todo, a empresa está com 593 vagas de emprego abertas nos estados de São Paulo, Pará, Rondônia, Amazonas e Roraima. No Pará são 437 vagas para atuar nos municípios de Belém, Moju, Acará, Tomé-Açu, Concordia e Paragominas. 

Há ainda 14 oportunidades para São Paulo (SP), uma para Manaus (AM) e uma para Pimenta Bueno (RO).  

Para participar dos processos seletivos, os interessados devem se cadastrar pelo site. 

Atualmente, cerca de 29,6 milhões de pessoas vivem na região amazônica, segundo o Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística (IBGE). Para o Grupo BBF é fundamental criar oportunidades de emprego e renda para essa população, desde que se mantenha a floresta em pé. 

“A gente só vai ter um país justo e falar de impedir o desmatamento quando pudermos oferecer emprego para essa população. Temos 31 milhões de hectares passíveis de ser recuperados com a palma de óleo na região amazônica e a palma não pode ser mecanizada, o que fixa o homem no campo. Esse trabalho é importante porque é inclusivo”, afirma o CEO do Grupo BBF, Milton Steagall.

Legislação rígida

O grande diferencial da produção brasileira da palma de óleo está no rigor da legislação nacional. O seu cultivo segue o Zoneamento Agroecológico da Palma de Óleo, definido pelo Governo Federal no decreto 7.172 de maio de 2010. 

As áreas aptas ao cultivo sustentável da palma de óleo na região Amazônica foram definidas em um trabalho robusto desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Essa legislação, considerada uma das mais severas do mundo, permite que a palma de óleo seja cultivada apenas em áreas degradadas da região amazônica até dezembro de 2007. 

Ao todo, cerca de 30 milhões de hectares no Brasil estão aptos a cultivar o dendezeiro, mas apenas 200 mil, aproximadamente, efetivamente cultivam a planta na atualidade. 


Palma de óleo, planta também conhecida como dendezeiro (Foto: Divulgação)

“A partir do Zoneamento Agroecológico da Palma de Óleo foi possível iniciar as nossas operações e investimentos no cultivo de uma planta que permite a recuperação da floresta e o desenvolvimento socioeconômico em regiões carentes de empregos e infraestrutura”, explica o CEO.

Agricultura familiar

O cultivo sustentável da palma de óleo, planta também conhecida como dendezeiro, tem mudado a realidade de cerca de mil trabalhadoras da região Norte brasileira. O Grupo BBF domina toda a cadeia produtiva da palma de óleo, do cultivo sustentável da planta ao processamento do fruto para a extração do óleo, utilizado na produção de biocombustíveis para geração de energia elétrica limpa e até mesmo na geração de insumos renováveis utilizados nas formulações de produtos cosméticos.

Tudo começa com o plantio das sementes da palma de óleo, no pré-viveiro, plantada pelas mãos de dezenas de agricultores da BBF. Cuidada como um bebê nos seus primeiros dias de vida, as mudas ficam em uma área com sombra e constante irrigação, se fortalecendo ao longo do tempo.

Na etapa seguinte, com a muda mais fortalecida, a planta segue para o viveiro, onde continua os tratos culturais, em trabalho realizado por uma equipe formada por mais dezenas de agricultoras, sob a liderança da venezuelana Gerardini Garcia.

O trabalho de Gerardini é garantir que as plantas estão aptas para serem plantadas no campo em definitivo, seguindo o seu ciclo de vida, gerando frutos e recuperando áreas degradadas da Floresta Amazônica.

A trabalhadora chegou ao Grupo BBF após sair da Venezuela em busca de novas oportunidades no Brasil. “Foi a BBF que abriu suas portas para mim e para a minha prima. Foi uma oportunidade de conhecimento e de mudança de vida. Entrei como parte da equipe de agricultoras e hoje sou uma das líderes da empresa no campo”, afirma.

Além do cultivo sustentável da palma de óleo em mais de 75 mil hectares plantados em terras próprias, ao Grupo BBF possui o Programa de Agricultura Familiar, que incentiva mais de 400 agricultores familiares no Estado do Pará com o fornecimento de mudas, permuta para compra de fertilizantes com preços acessíveis, assistência técnica com especialistas no cultivo de dendê, além de auxílio para crédito bancário, estímulo a melhoria contínua e garantia de compra dos frutos a preços competitivos. 

Ao todo, as famílias das regiões de Tomé-Açu, Acará, Concórdia e Moju comercializaram mais de 37 mil toneladas de palma de óleo para a companhia, garantindo uma receita de mais de R$ 30 milhões no último ano.

“O Grupo BBF reforça o compromisso com as pessoas e comunidades no entorno de suas operações, investindo em benfeitorias e assistência contínua aos agricultores familiares”, diz Steagall.