Na manhã de ontem, 8, a Folha recebeu denúncia referente a atraso no pagamento de uma das empresas responsáveis por fornecer materiais esportivos para a Escola do Atleta, considerada o maior programa social voltado para a promoção de educação e cidadania por meio do Esporte.
O proprietário da Vocare Centrum, Gustavo Gonçalves, disse que o contrato junto à Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes) foi firmado em julho deste ano e que os materiais solicitados foram encaminhados no mês seguinte. O valor total foi de R$ 58.617,700.
“Ao todo, foram fornecidos 40 pares de chuteiras e 1.430 pares de luvas para goleiro. Nós fornecemos diversos materiais esportivos e serviços para vários órgãos públicos estaduais, municipais e federais. Infelizmente, essa é a primeira vez que temos problemas nesse sentido”, afirmou.
Ainda segundo o empresário, a demora no pagamento já está entrando no quarto mês consecutivo e que até o momento a Setrabes não se pronunciou. “Eu ligo lá e eles [Setrabes] simplesmente falam que não sabem onde está o meu processo. Eu preciso receber, porque faz mais de quatro meses que essa mercadoria foi entregue e no contrato consta que a empresa receberia, no máximo, em 20 dias úteis. E isso não está sendo cumprido”, disse.
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A iniciativa faz parte do programa estadual "Aqui Tem Dono", executado pela Companhia de Desenvolvimento de Roraima (Codesaima).
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Gonçalves afirmou que vai recorrer a meios judiciais para que a Setrabes efetue o pagamento, já que todas as tentativas de diálogo foram utilizadas. “Cada par de luvas saiu por R$ 15,00 e, com o custo de frete, pagamos mais de R$ 8 mil, já que cobramos do governo o valor de R$ 40,00 pelo frete”, explicou.
GOVERNO – Em nota, a Setrabes informou que o processo encontra-se atualmente na Controladoria-Geral do Estado (CGE) e deve seguir todo o trâmite previsto em lei para que a nota seja paga junto à Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz). “É importante ressaltar que a empresa Vocare Centrum entregou o material com 32 dias de atraso, com a compreensão do governo, por entender a dificuldade de logística”, frisou.
Ressaltou ainda que recebeu com estranheza a denúncia feita pela empresa. “É ainda de estranheza por parte da secretaria que a empresa, em tão curto espaço de tempo, alegue o não pagamento, sendo conhecedora das leis e ciente que o processo licitatório do qual participou abrange outras nove empresas”, complementou. (M.L)
