Cotidiano

Empresários cobram do Governo de RR ação para melhorar BR-174

"Não haveria Roraima como a conhecemos hoje sem uma BR-174”, diz carta assinada por representantes da Fier, da Faerr, do Fecomércio-RR, do Sebrae-RR e do OCB-RR

Cinco entidades representativas de classes empresariais enviaram ao governador Antonio Denarium (Progressistas) uma carta em que reivindicam uma atuação urgente e articulada entre diferentes esferas governamentais, por meio de um plano de ação conjunto, para recuperar os sentidos Norte e Sul da rodovia federal BR-174.

A carta é assinada por representantes das federações das Indústrias (Fier), da Agricultura e Pecuária (Faerr) e do Comércio (Fecomércio-RR), do Sebrae-RR (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e do OCB-RR (Organização das Cooperativas). As entidades também exigem a mitigação do risco atual da rodovia e uma “resposta célere, eficiente e transparente”. “Não haveria Roraima como a conhecemos hoje sem uma BR-174”, conclui a carta.

No documento, as classes empresariais argumentam que a rodovia é de “vital importância” para a logística do Norte brasileiro, em especial, para Roraima – que escoa a produção pelo Estado do Amazonas e os portos de Manaus e Itacoatiara (AM) -, e que é a principal ligação com a Venezuela e os portos do Caribe.

“Um colapso desta rodovia, causa uma interrupção em ditas cadeias de suprimento, acarretando em prejuízos incalculáveis para a economia e a sociedade local. Cabe destacar ainda, que Roraima não possui modais de transportes alternativos ao rodoviário”, diz.

Os empresários ainda mencionam que, da rodovia, também dependem passageiros e veículos particulares que “promovem o turismo, a dinâmica econômica, cultural e humana na região amazônica”, e o fato de Roraima alcançar recorde nas exportações em 2022, pelo quarto ano consecutivo – 425 milhões de dólares, tendo como principal destino a Venezuela, com 64% desse total.

“A grande maioria de produtos acabados ou insumos para elaboração de produtos locais, são oriundos de cadeias de suprimentos que começam em outras regiões do país e que dependem diretamente da BR-174”, enfatiza o empresariado.

A Folha procurou o governo estadual sobre o assunto e aguarda retorno.

*Por Lucas Luckezie