Cotidiano

Empresários da construção esperam crescimento no 2° semestre

Expectativa do empresariado para o futuro também apresentou crescimento de 3,1 pontos

VANESSA FERNANDES

O Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu 2,1 pontos em junho, segundo levantamento publicado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Segundo o vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção de Roraima (SINDUSCON/RR), Clerlânio Holanda, o empresariado do setor aguarda números positivos no segundo semestre de 2019. A estimativa de crescimento encontra respaldo na retomada de obras do governo estadual e na construção de novos prédios para as empresas vencedoras do leilão de energia realizado em maio.

“Roraima possui uma economia dependente do setor público. Essa retomada de obras nos dá um novo fôlego para promover novas contratações. As empresas deste leilão já nos procuraram para realizar obras de grande porte e nossa estimativa é a geração de 500 novas vagas”, comenta Clerlânio.

Holanda também explica que com a liberação de recursos por meio de emendas parlamentares e o lançamento do programa de habitação anunciado pelo Governo Federal para julho deste ano, o setor de construção poderá fechar 2019 com saldo positivo “As emendas parlamentares acontecem muito no segundo semestre e são liberados recursos tanto para a capital quanto para as prefeituras do interior. Além deste novo programa Federal que tem gerado grandes expectativas nos empresários da construção. Esperamos que assim o setor possa voltar a gerar emprego em cadeia, já que a construção civil possui uma resposta mais rápida para a sociedade”, finaliza. 

Presente e futuro – Após um recuo de 1,8 pontos de abril para maio, o setor conseguiu terminar o primeiro semestre de 2019 com 82,8 pontos, numa escala de zero a 200.

A confiança do empresariado da construção está em alta tanto para o presente quanto para o futuro. O índice de situação atual – que mede a confiança no presente – cresceu 1,2 ponto, alcançando 73,6 pontos na escala de satisfação. A expectativa para o futuro do setor possui o crescimento mais expressivo neste levantamento, onde atingiu 3,1 pontos e elevou a escala para 92,5 pontos. 

O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) – que mede a relação entre o produto efetivamente gerado e o potencial de capacidade produtiva das empresas – também apresentou alta. O NUCI avançou 2,0 pontos percentuais para 68,3% em junho, o maior patamar desde novembro de 2015 (68,8%). Tanto o NUCI para Máquinas e Equipamentos quanto o NUCI para Mão de Obra também tiverem variações positivas: 1,4 e 2,1 pontos percentuais respectivamente.