Cotidiano

Empresários do setor de transporte repudiam decreto estadual

Decisão do Governo do Estado proíbe viagens entre municípios, devido ao risco de contaminação da covid

Os membros do Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Roraima (Setrans) repudiam o decreto estadual que proíbe viagens entre municípios, devido ao risco de contaminação da covid. A categoria afirma que há aparente discriminação da classe social de passageiros por conta da decisão tratar apenas daqueles que fazem viagens de ônibus e não de avião.

Na nota de repúdio, os empresários afirmam que o decreto de nº 29.838-E/2021 do Governo do Estado de Roraima,  que suspendeu por 15 dias unicamente os serviços de transporte rodoviário de passageiros intermunicipal e interestadual, causam incontáveis transtornos junto àqueles que necessitam se deslocar dentro do Estado ou para fora dele.

A alegação é que, embora preocupados com o agravamento da covid em outros estados e no Amazonas, os representantes do setor seguem as orientações de saúde para evitar o prejuízo daqueles que precisam se deslocar entre os municípios.

“Embora saibamos a importância da medida tomada, informamos que a suspensão prejudica, principalmente, os passageiros que precisam retornar para suas cidades de origem, os deixando impossibilitados de voltar”, dizem.

Outro questionamento é por conta da especificação do transporte rodoviário e não os demais. “Não é possível compreender e muito menos entender o porquê do decreto suspender somente o transporte rodoviário de passageiros, afinal, não se fez qualquer ressalva ao transporte aéreo de passageiros, que poderá operar livremente, sem qualquer suspensão”, diz trecho do documento.

Para os empresários, o transporte aéreo pode representar mais perigo que o terrestre. “Não houve qualquer redução na lotação das aeronaves e, ainda, pela via aérea os passageiros vêm dos mais diferentes Estados brasileiros. Nos manifestamos com repúdio ao decreto estadual desta segunda-feira, o qual revela aparente discriminação da classe social de passageiros e prejudica o direito de ir e vir de pessoas, inclusive, impedindo muitas pessoas de regressar às suas cidades de origem”, finalizou a nota.

OUTRO LADO – Em nota, o Governo de Roraima informou que entende e se preocupa com a situação desses empresários, mas nesse momento de pandemia, a vida das pessoas é prioridade. “O decreto será por apenas 15 enquanto monitoramos a evolução da doença e evitamos que mais roraimenses sejam contaminamos”, frisou.

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