Empresários do transporte escolar iniciam paralisação

Empresários que prestam serviço de transporte escolar dos alunos da rede estadual de ensino iniciaram nova paralisação na manhã de hoje, 12. A ação foi motivada pelo não pagamento de créditos referente a serviços prestados nos anos de 2012 a 2014.
Conforme o empresário Carlos Soares, os servidores aguardam uma resposta por parte do governo. A paralisação deve seguir por tempo indeterminado.
“Nós estamos aqui na expectativa e na esperança de que o governo possa nos dar alguma prioridade em relação aos créditos que temos a receber. Para se ter uma ideia, alguns empresários não recebem seus créditos desde 2012. Outra parte está sem o crédito dos 60 dias de 2013 e agora estamos trabalhando sem o nosso ‘empenho’ nesses últimos 40 dias de 2014. Nós resolvemos paralisar porque sem o empenho, nós não temos condições de trabalhar nessa situação”, disse.
De acordo com o empresário, em todo o Estado, são em torno de 500 veículos que fornecem o serviço ao governo, o que corresponde a mais três mil empregos gerados.
Soares explica que o prejuízo é ainda maior para os alunos. “Na realidade, o prejuízo com a paralisação é muito maior, principalmente para os alunos que já estão em final de semestre, e infelizmente, se não tivermos resultado positivos, nós não teremos condições de voltar ao trabalho, ressalta.
Ele complementa que a rota para o interior, principalmente as áreas indígenas, resulta em diversos problemas por conta de pontes quebradas, estadas em péssimas condições, o que gera desgaste nos veículos.
A Assessoria de Comunicação Social da Secretaria Estadual de Educação e Desportos (SEED) informou que os 160 dias referentes à prestação de serviço de transporte escolar no ano letivo de 2014 foram pagos, o que corresponde a R$ 2.327.362,29.
Desse total, R$ 623.340,22 foram pagos na semana passada a 10 empresas prestadora do serviço. O processo referente aos demais dias letivos de 2014 (40 dias) está em tramitação.