Cotidiano

Empresários estão sem receber pagamentos há nove meses

Veículos estariam sendo tomados por financiadoras e alunos de algumas regiões já estariam sofrendo com a ausência do serviço

Empresários que fazem o transporte escolar para as unidades de ensino da Capital, interior e comunidades indígenas da Administração Estadual, cobram um posicionamento do Governo sobre o pagamento dos serviços. Parte do grupo está mobilizada na Praça do Centro Cívico, no Centro da Capital.

De acordo com apuração realizada pela FolhaWeb, alguns empresários estão há nove meses sem receber. “Trabalho com transporte escolar há 18 anos e nunca aconteceu de atrasar tanto tempo assim. As outras gestões tinham atraso de, no máximo, dois meses, só nesse governo que a situação está sendo mais complicada. Já tivemos que vender carros, alguns já foram até tomados pelas financiadoras, porque não tem como pagar as prestações. É lamentável que chegamos a esse ponto”, comentou um empresário que não quis se identificar.

Outra consequência da falta de pagamentos é a potencialização dos problemas para os alunos do interior. Sem o serviço disponível, muitos já temem impactos negativos para a conclusão do ano letivo deste ano.

“Os órgãos de fiscalização precisam fazer alguma coisa, pois muitas crianças já estão sem poder ir a aula, não porque gostaríamos, mas sim porque não temos condições de prestar os serviços, por que não tem dinheiro para pagar funcionário, nem para fazer manutenção nos veículos”, destacou outro empresário.

O OUTRO LADO – Por meio de nota, o Governo justificou que a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) conseguiu na Justiça uma liminar que garante o pagamento dos salários dos servidores públicos em relação a todas as outras despesas, exceto as constitucionais e bloqueios judiciais.

“Nesse sentido, e em cumprimento da liminar, a prioridade do governo é efetuar o pagamento de salário de todos os servidores da administração direta e indireta, e na medida em que houver disponibilidade orçamentária, outras despesas serão liquidadas”, finalizou.