Cotidiano

Empresas ainda não foram credenciadas para fabricação

Determinação prevê que empresas tinham até o dia 31 para regularizarem situação, mas sem respostas do Denatran, novo pedido para adiar implantação foi feito

Roraima vai terminar o ano de 2018 sem a implantação das placas do Mercosul. Oficializada para começar a circular no dia 1º de dezembro, os empresários que atuam na estampa de placas não conseguiram a certificação do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) para começar a atuar. A falta de medidas resultou em um novo pedido para que o prazo seja estendido até o ano que vem.

As divergências sobre a implantação das placas vêm ocorrendo desde 2016, com o adiamento da regulamentação em diversas ocasiões. Por conta da falta de definição, as empresas não se adequaram para a aquisição de equipamentos necessários para a produção das placas. Os pedidos para credenciamento até chegaram a ser feitos, porém, sem respostas.

Segundo o diretor-presidente do Departamento Estadual de Trânsito de Roraima (Detran-RR), Igo Brasil, sem a possibilidade de credenciamento, a única saída foi derrubar uma portaria que determinava a atuação imediata da fabricação das placas no novo padrão. “Temos a orientação que promova todos os passos para que as empresas se adequem até o dia 31 para começar a utilizar a placa Mercosul, mas nenhuma empresa de Roraima está adequada. Pedimos um prazo maior para o Denatran de 180 dias para que a gente consiga fazer o procedimento”, explicou.

O presidente ressaltou que a solicitação por parte das empresas foi feita na semana passada, após uma reunião e foi contatado que não houve o credenciamento no prazo do próprio órgão fiscalizador, o que impede a atuação dos estampadores. Ainda não há a previsão para uma resposta do Denatran, mas o esperado é que seja o mais breve possível ou até o final deste mês.

PADRONIZAÇÃO – A placa do Mercosul tem uma estética diferenciada da placa nacional em vigor atualmente. Com dispositivos determinados para evitar fraudes, a placa será composta com um novo padrão de números e letras, estando em reconhecimento internacional entre os países que compõe o tratado.

Dentre as mudanças, está a implantação da cor azul, efeitos luminosos e um QR Code, um código específico que pode ser feito em diversas formas e escaneado com aparelhos telefônicos. Por se tratar de um novo modelo, as empresas de estampa de placas precisam fazer a compra de novos equipamentos para a fabricação e, sem o credenciamento do Denatran, impossibilita o trabalho.

O presidente do Detran enfatizou que não é possível saber o valor exato cobrado pela nova placa e que vai variar de acordo com a preferência de cada empresário do ramo. “O valor final do produto não é regulado pelo Detran, só damos o atestado de capacidade técnica para as empresas”, encerrou Igo Brasil. (A.P.L)