RODRIGO SANTANA
Editoria de cidades
O estado apresentou um crescimento considerável no setor de empreendedorismo nas últimas três décadas, apesar de ainda ser conhecido como o “estado do contracheque”. As estimativas apontam melhorias tanto no segmento de indústria quanto no comércio, com a abertura de novos negócios.
Dentre as empresas de maior destaque no comércio roraimense, podemos citar o caso do grupo Perin, que foi criado quando Roraima ainda era território e hoje conta com sete diferentes tipos de empreendimentos, que vão desde a venda de eletrodomésticos, materiais de construção, até a venda de veículos.
A supervisora geral da empresa, Maria Trindade, disse que a expansão da empresa se deu basicamente pelo aumento da população e a necessidade de incluir novas atividades comerciais pelo grupo empresarial.
“A inclusão de novos ramos comerciais ocorreu a partir de estudos de mercado que detectaram a possibilidade de se fazer novos investimentos. Diante disso, optamos por abrir filiais pela capital, oferecendo mais opções de produtos à população”, explicou.
Maria lembrou que o grupo Perin já está há 38 anos de mercado e participa diretamente do crescimento do estado, tanto na oferta de produtos quanto na contração de trabalhadores que prestam serviço à empresa.
“Por conta da abertura das outras lojas, tivemos que aumentar o nosso quadro de pessoal. Hoje, somos uma das empresas que mais emprega no estado e nos sentimos orgulhosos de contribuir para a abertura de novos postos de trabalho”, enfatizou.
Com o surgimento de novas demandas, outros ramos do comércio começaram a ganhar destaque em Roraima. Na área de tecnologia, podemos citar exemplo da empresa Allfibe Telecom, operadora de internet que existe há dois anos em Roraima.
O representante da empresa, Ivaldo Santos, disse que o mercado local abriu portas para o segmento devido à necessidade do tipo de serviço.
“Vemos o estado com um potencial enorme para investirmos nesse ramo, por isso que nós optamos por instalar a empresa. Acreditamos que hoje estamos ganhado espaço graças à competitividade gerada pelo consumo”, destacou.
Comércio e indústria cresceram nesses 31 anos
Presidente da Acir diz que as empresas continuam investindo em estrutura e contratação de pessoas. (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)
Organizações do setor empresarial do estado revelam um grande crescimento para os setores do comércio e industrial, reflexo do aumento populacional e de novos investimentos que chegaram a Roraima nos últimos dez anos.
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Roraima (Acir), Jadir Corrêa, é positivo quanto ao comércio que, segundo ele, tem movimentado, e muito, a economia do estado.
“Hoje podemos ver que teve uma expansão no número de empresas no ramo comercial, com as grandes redes de supermercados, de venda de eletroeletrônicos e de roupas”, disse.
Segundo ele, o aumento do mercado consumidor foi crucial para os investimentos no setor, que mesmo sobrevivendo da economia do contracheque, tem obtido bons resultados.
“As empresas continuam investindo em estrutura e contratação de pessoas. Com o crescimento do setor, quem também sai ganhando é o Estado, que arrecada mais impostos destinados às ações governamentais”, acrescentou.
Em se tratando do setor industrial, as empresas têm superado as dificuldades, sobretudo quanto à questão da infraestrutura. É o que explica a coordenadora técnica da Federação das Indústrias do Estado de Roraima (FIER), Karen Teles, quando diz que o setor tem apresentado boas taxas de crescimento.
“As empresas têm buscado se adaptar ao mercado, elevando o grau de competitividade das indústrias. Além disso, constatamos que se tem trabalhado para garantir a redução dos custos com a produção, permitindo um preço final competitivo”, explicou.
Karen afirmou que a alimentação e a construção civil são os que apresentam um dos melhores desempenhos nos últimos anos no setor industrial.
“Há um crescente volume de produção e de empresas que vêm se constituindo nessas duas áreas. Temos também segmentos da área industrial, que vem passando por um processo de transformação, de evolução, como é o caso das fábricas de móveis, confecções e de tecnologia”, completou.