O Papa Francisco nomeou a Professora Doutora Márcia Maria de Oliveira, do Curso de Ciências Sociais da Universidade Federal de Roraima, para participar da Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a Região Pan-Amazônica, na condição de Perita. O encontro ocorreu na última sexta-feira, 26.
A edição será realizada em Roma, de 6 a 27 de outubro, traz o tema “Amazônia: Novos caminhos para a Igreja e para uma Ecologia integral”.
Em comunicado oficial ao reitor da UFRR, professor Jefferson Fernandes, o Papa explicou que “a nomeação se deve à trajetória de acompanhamento da Doutora Márcia a todo o Processo Sinodal e à sua expertise nos estudos em Sociedade e Cultura na Amazônia, área da ciência de grande relevância para o Processo Sinodal”.
Histórico – Convocado em 15 de outubro de 2017, Sínodo dos Bispos – Assembleia Especial para a Região Pan-Amazônica foi uma resposta do Papa Francisco ao Pedido das Conferências Episcopais da Pan-Amazônia preocupadas com a questão da devastação a Floresta Amazônica e seus povos ameaçados, especialmente os Povos Indígenas.
O Sínodo está voltado para toda região Amazônica dos nove países que a compõem: Brasil, Peru, Colômbia, Equador, Suriname, Guiana Inglesa, Venezuela, Guiana Francesa e Bolívia.
Com os povos indígenas em sua visita a Porto Maldonado, Peru, em 19 de janeiro de 2018, o Papa Francisco nos convocou a ouvir os Povos da Amazônia, de maneira especial os Povos Indígenas.
Metodologia – O estudo é pautado na colegialidade, um conceito que caracteriza cada fase do processo sinodal, desde a preparação do Documento Base até as conclusões das Assembleias Sinodais, elaboração do Instrumentum Laboris, passando pelas duas Assembleias Pré-Sinodais, pela devolutiva às bases na caminhada rumo à Assembleia Sinodal.
A professora Márcia Maria participou da elaboração dos dois documentos sinodais e, nesta última etapa da Assembleia Sinodal, contribuirá com a elaboração do documento final, a Exortação Apostólica, que será assinada pelo Papa Francisco e conterá orientações sobre a caminhada da Igreja na Pan-Amazônia
No total quase 100 mil pessoas foram ouvidas simultaneamente nos nove países que forma a Pan-Amazônia. Todo o material coletado foi recolhido, sistematizado e transcrito de forma sintética e pedagógica no Instrumentum Laboris.
O documento possui pouco mais de 50 páginas textuais, didaticamente subdividido em 147 tópicos ou parágrafos temáticos. Na primeira parte ouviu-se a voz da Amazônia contextualizando seus maiores problemas e desafios relacionados à questão da Ecologia Integral, na segunda parte se apresentam os esforços para responder aos desafios dos povos e dos territórios amazônicos no itinerário de uma ecologia integral (julgar) e na terceira parte são apresentados os desafios no horizonte dos novos caminhos para uma Igreja comprometida com os valores da Ecologia Integral na Amazônia (agir).