Assim como em todo o Brasil, o investimento em energia renovável tem crescido exponencialmente em Roraima. Segundo a Associação Brasileira dos Engenheiros Eletricistas em Roraima, hoje a geração do estado gira em torno de 300 megawatts, ou seja, tem muito espaço para crescer.
“Os pequenos geradores têm crescido exponencialmente. Apesar disso, o regime de energia gerada ainda está no percentual de 1% a 2% da matriz nacional”, explica a presidente da associação, Conceição Escobar.
Ela acrescenta que, se todas as empresas do ramo de energia renovável se unissem e pudessem, em conjunto, gerar mais de 300 megawatts, não haveria perda do excedente, mesmo considerando que Roraima é um sistema isolado.
“A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e as concessionárias distribuidoras do ramo fazem um controle disso. Os projetos dos produtores individuais precisam ser apresentados para empresa concessionária distribuidora. É complexo, mas alguém tem que controlar. A compra ou venda de energia só é realizada por meio de leilão, que é regulado pela Aneel”, explica a presidente.
A vantagem da energia solar, destaca Conceição, é que o valor que seria pago à cobrança mensal pode ser dado ao financiamento. Além do estado ser privilegiado pela intensa luz soar durante quase o ano inteiro, proporcionando essa chance de investir na energia solar”, afirmou.
Roraima também passou a contar com o Fórum de Energias Renováveis, desde o final do ano passado, uma organização da sociedade civil para discutir propostas de políticas públicas e do desenvolvimento energético no Estado, de forma sustentável.
A energia solar no Brasil deve terminar 2020 com acréscimo de 4GW de potência entre geração distribuída (GD) e geração centralizada (GC), gerando cerca de R$ 20 bilhões de novos investimentos no setor. Os dados são da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). Esse resultado vai contabilizar mais de 120 mil novos empregos somente neste ano, um média de 332 novos postos de trabalho por dia.
Ainda segundo a entidade, o crescimento da fonte solar será impulsionado pela GD (que é produzida pelos usuários individuais em suas próprias residências e posteriormente compartilhada com a rede local) que deverá terminar o ano triplicando sua potência instalada, com R$ 16,4 bilhões de novos investimentos. No acumulado, a GD somará uma potência de 5,4 GW.
Fonte: Portal Solar