Um enfermeiro foi agredido na noite deste domingo (23) pelo pai de um recém-nascido na maternidade Nossa Senhora de Nazareth. O profissional estava entrando no plantão quando foi atingido pelo homem após uma confusão com outro enfermeiro que iria realizar um procedimento.
De acordo com as informações, um bebê nasceu com uma deficiência, estava na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e precisava receber uma sonda hospitalar. No entanto, os pais da criança, de nacionalidade venezuelana, não aceitaram a aplicação do procedimento.
Uma confusão teria iniciado quando um outro enfermeiro, que não tinha relação com o atendimento e havia recém entrado no plantão, foi atingido com um soco nas costas e empurrões contra a parede pelo genitor do bebê. Os demais colegas de trabalho contiveram o agressor e acionaram a Polícia Militar (PM), que levou pai e mãe da criança.
Os enfermeiros e médicos da unidade de saúde relataram estar indo trabalhar com o psicológico abalado e com medo devido a falta de segurança. Conforme um enfermeiro denunciante, não havia policiais na maternidade.
“90% dos atendimentos na maternidade são feitos a venezuelanos e a maioria age assim. Já trabalhamos com o psicológico abalado, por não poder fazer nada, devido o pouco efetivo de funcionários, sobrecarregados, e aí tem mais essa de violência contra nós, que estamos lá para se dedicar ao cuidado deles. Falta muita segurança. Tem empresa de segurança com pouco efetivo, pessoas sem treinamento. Basicamente porteiros, contratos sem um mínimo de noção da função”, contou o enfermeiro que estava de plantão no momento da agressão.
Este já é o segundo caso de agressão à profissionais da saúde em uma semana. No dia 14, uma médica e outros dois enfermeiros foram agredidos por uma paciente alcoolizada no Pronto Atendimento Cosme e Silva. A classe da enfermagem até realizou manifestação para pedir por segurança fixa, mas nada foi confirmado.
Em resposta ao caso neste domingo, a Secretaria de Saúde (Sesau) confirmou o ocorrido, além de que houve o acionamento do setor de Serviço Social e psicologia da Maternidade.
“O pai do recém-nascido acabou agredindo um enfermeiro por não aceitar o procedimento que seria adotado, sendo necessário o acionamento do setor de Serviço Social e psicologia da Maternidade. A Sesau lamenta o ocorrido e ressalta que já está tomando as medidas cabíveis referente ao caso”, finalizou a nota.