Cotidiano

Engenheiros, arquitetos e técnicos fazem paralisação

Devem paralisar servidores que atuam nas Secretarias de Infraestrutura, Agricultura e na Secretaria Estadual de Planejamento (Seplan)

Uma paralisação de advertência será iniciada na manhã desta terça-feira por pelo menos 380 servidores da área tecnológica de três secretarias estaduais. 

A manifestação deve deixar o público sem atendimento até a quinta-feira, dia 14, segundo afirmou o presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado de Roraima (Senge/RR), Neovânio Lima.

Estarão envolvidos na paralisação os engenheiros, arquitetos e técnicos industriais e agrícolas, químicos, economistas e estatísticos que atuam na Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinf), Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e na Secretaria Estadual de Planejamento (Seplan).

“Neste período de paralisação ficam sem atendimento e andamento a projetos de obras em licitação na Seinf, os atendimentos da agricultura familiar e Casas de Produtores Rurais da Seapa e no setor público agropecuário”, afirmou.

À Folha, Neovânio afirmou que o ato será em função do não pagamento da terceira parcela do PCCR (Plano de Cargos, Carreira e Remuneração), da área tecnológica do Estado, e das progressões horizontais e verticais aprovadas em 2016, no governo Suely Campos.

“Essa lei, de número 1028/2016, foi acordado o pagamento dos servidores em três parcelas. Já foram pagas as parcelas de 2017 e de 2018 e o Governo está descumprindo ao não pagar a 3ª parcela dessa lei aos servidores”, disse. 

Ele disse que a concentração maior acontece na Seinf e na Seapa no horário normal de expediente e cada servidor da área tecnológica vai tentar conversar com seus secretários em busca de um canal de conversação com o Governo.

“Já tentamos dialogar com o governo encaminhando ofícios para a Casa Civil, mas até agora o Governo não abriu o canal de diálogo e nem respondeu a nenhum dos comunicados solicitando audiência com o governador”, disse. 

 “O Governo não pagou alegando calamidade financeira, mas mesmo assim criou 30 novos cargos comissionados que somados aos 22 já existentes gera um impacto anual que daria para pagar essa parcela dos 380 servidores efetivos do estado, que está faltando”, afirmou.

OUTRO LADO – A reportagem da Folha procurou o governo de Roraima que por meio da Secretaria de Comunicação Social informou que está buscando o aumento da arrecadação e o equilíbrio financeiro para garantir os direitos a todos os servidores da Administração Direta, da mesma forma que ocorrerá com os servidores da Administração Indireta a partir de janeiro de 2020.