Os alunos das escolas estaduais Professora Elza Breves de Carvalho, localizada no Conjunto Cidadão, no bairro Senador Hélio Campos, zona Oeste, e a Luiz Rittler Brito de Lucena, no bairro Nova Cidade, ambas na zona Oeste de Boa Vista, terão uma nova dinâmica de ensino e aprendizagem a partir deste ano letivo, que inicia no dia 25 deste mês, com a implantação do regime militar, já aplicado no Colégio Militar do Estado (CME), Coronel PM Derly Luiz Vieira Borges.
As duas escolas terão como gestores os coronéis Adelson Filgueiras, na Escola Elza Breves, e Sidney Lima da Silva, na Luiz Rittler Brito de Lucena. Serão as primeiras a seguirem a metodologia e rotina do Colégio Militar Estadual, que já está com quatro anos de criação e vem mostrando resultados positivos no aprendizado. Elas terão o corpo docente composto por professores efetivos e por policiais militares.
O coronel Sidney informou que só na Escola Rittler de Lucena, da qual é diretor, tem hoje 2.180 estudantes matriculados. A principal mudança em relação ao ensino normal é que estas escolas passarão a ser o parâmetro para mudanças na educação estadual e vai seguir o Ensino Básico Militar (EBM), que cobra regulamentos como culto aos símbolos nacionais (a Bandeira, as Armas, o Selo e o Hino), cumprimento fiel dos horários, participação nos compromissos da escola, hierarquia e disciplina.
“Não haverá mudança na grade curricular das escolas. O que muda são alguns comportamentos dos alunos, que terão que se adaptar a cumprir horários, vir de fardamento e ter compromisso com a escola”, disse o coronel, complementando que todos os dias, meia hora antes de iniciar as aulas, os alunos terão noções de disciplina, hierarquia, cidadania e respeito.
“São informações de comportamento e cidadania que farão parte do dia a dia dos alunos. Por exemplo: se perde muito tempo para se fazer a chamada dos alunos, e com o regime militar essa chamada é mais rápida porque o aluno está mais atento”, disse.
Outro ponto destacado pelo diretor é quanto a possíveis faltas de professores, em que numa escola normal os alunos iriam para o pátio passar o tempo. Na Escola Militar, caso venha a acontecer a falta de um professor, imediatamente é designado um monitor militar para ministrar aulas de ética e cidadania para a classe.
“Os alunos terão conhecimentos de sua importância na comunidade em que vive”, disse o coronel. “Esses alunos terão muitas vantagens, entre elas destacamos a disciplina, que é fundamental para tudo que almejamos alcançar, além de estarmos formando cidadãos que no futuro serão multiplicadores de disciplina”, frisou.
Ele informou ainda que não existe exame de seleção ou critérios pré-estabelecidos para o aluno garantir vaga em uma das duas escolas que iniciam o ensino Militar em Roraima. “Os alunos foram matriculados normalmente e são pessoas do bairro e de comunidades próximas”, disse. (R.R)