A regulamentação do transporte alternativo na capital foi o principal assunto da audiência pública realizada nesta terça-feira, 16, na Câmara Municipal de Boa Vista (CMBV). A ação foi requerida pelos vereadores Albuquerque (PC do B) e Mirian Reis (PHS).
Além dos parlamentares, a audiência pública de hoje contou com a participação dos presidentes dos sindicatos que representam as categorias dos mototaxista, taxistas convencionais, taxistas de lotação e motoristas de aplicativo.
“O serviço prestado pelos mototaxista e pelos motoristas de aplicativo já é uma realidade em Boa Vista, e eles concorrem diretamente com os táxis, lotações e também com o transporte público. O objetivo dessa audiência é justamente para tratar da regulamentação desses outros transportes”, destacou a vereadora.
O convite também se estendeu aos chefes das entidades de fiscalização como o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Superintendência Municipal de Trânsito (Smtran) e Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional (Emhur).
“Da forma como está, ou seja, operando na clandestinidade, sem base em uma legislação, é que se torna um risco. Nós temos um índice elevado de acidentes e nós precisamos saber quem são as pessoas que estão trabalhando com esse tipo de serviço. Caso a operação desse tipo de atividade venha a ser regulamentada, eles vão ter que ter uma farda, terão que ser cadastrados na Emhur e isso traz um pouco mais de segurança para a população”, salientou.
A utilização de moto táxi tem crescidos nos últimos anos na capital. Somente pela Cooperativa de Moto Táxi de Roraima (Coopermototaxi), são mais 15 mil corridas realizadas mensalmente. A ideia é que as discussões auxiliem na criação de medidas possam facilitar a regulamentação desse tipo de atividade junto a Prefeitura de Boa Vista.
“A gente espera que os vereadores se sensibilizem com essa situação e que aprovem a nossa regulamentação. Todos nós queremos trabalhar de forma correta, pagando os nossos impostos, para poder servir a sociedade, dando mais uma opção para ela se locomover”, afirmou Luíz Ronald Sobrinho, presidente da Coopermototaxi.
Apesar de entendem a necessidade de oferecerem mais opções para o consumidor, a possível regulamentação da atividade de mototaxista ainda divide opiniões, principalmente das outras entidades que atuam no transporte de passageiros.
“Desde a chegada dos aplicativos, a classe dos taxistas ficaram prejudicados, e a gente enxerga na regulamenta desse tipo desse tipo de serviço uma saída para fortalecer a categoria, só que ela tem que ser algo que funcione de igual para igual, onde possamos concorrer de igual. Sabemos que é um projeto polêmico, vamos apresentar as nossas propostas, para que elas beneficiem a todos”, comentou o presidente do Sintacaver (Sindicato dos Taxistas de Roraima), Francisco Sales de Lima.