Diante da possibilidade de avanço da mosca da carambola para outras localidades do Estado, a Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) decidiu firma um acordo com outras entidades para evitar maiores danos à comercialização de frutas no Estado.
A primeira medida adotada pela pasta foi a mudança da barreira fitossanitária localizada na região dos Três Corações, em Amajari, para as proximidades da região do Limão, no limite entre Boa Vista e o município de Alto Alegre, onde foi detectado o foco da praga.
“Por conta desse novo foco mais próximo da Capital, ocorre a necessidade da mudança da nossa barreira. Recebemos uma equipe do Mapa, que verificou de perto a situação e decidiu por essa mudança, para a gente conseguir isolar a área e, com eficácia, erradicar a praga”, destacou o diretor de Defesa Vegetal da Aderr, Marcelo Parisi.
Além da Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr), os trabalhos para conter a mosca da carambola vão contar com o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A presença da praga afeta diretamente na economia, pois os produtores de uma região que tenha foco da praga ficam impedidos de comercializar, para que a praga não seja levada de uma região para a outra.
“Pedimos apoio da Seapa para que a gente continue a dar tranquilidade aos produtores na comercialização dos seus produtos, e que possamos garantir, ao mesmo tempo, a questão da sanidade dos produtos produzidos em Roraima. Queremos garantir que o nosso produtor continue a comercializar”, disse o superintendente do Mapa em Roraima, Plácido Alves.
O secretário da Seapa, Emerson Baú, adiantou que um trabalho de replanejamento e uma ação estruturada de combate e regressão dos focos da mosca da carambola já estão sendo feitos.
“Todo o corpo técnico da Seapa, toda a inteligência de Extensão vai ser colocada à disposição do Mapa e da Aderr, para que possamos efetivamente gerar resultados para que o produtor continue a vender os seus produtos”, salientou.
SOBRE A PRAGA – A mosca da carambola é uma das espécies de moscas-das-frutas que atacam várias espécies frutíferas tais como: carambola, manga, caju, laranja, acerola, tangerina e jambo vermelho. É originária do sul da Ásia e foi introduzida no continente americano, através do Suriname, em meados de 1975.
No ano de 1989, foi detectada na Guiana Francesa de onde se dispersou para o município de Oiapoque no Estado do Amapá, em 1996. As larvas penetram no fruto podendo destruí-lo completamente. Entre as alternativas de controle a mais recomendada é não transportar frutas hospedeiras de regiões infestadas para outras regiões.
*INFORMAÇÕES: Ascom Seapa.