A equipe médica da CNCDO (Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos) e da Cihdott (Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante) do HGR (Hospital Geral de Roraima) fez a captação de dois rins de uma doadora de órgãos na madrugada desta quinta-feira, 9 de maio.
Conforme ressaltou o presidente da Cihdott, o médico Samir Xaud, a cirurgia de cerca de quatro horas foi muito bem sucedida. Os órgãos foram encaminhados para a Central Nacional de Transplantes.
“É um ato de nobreza e generosidade da família que mesmo em um momento de dor, decide por fazer a doação”, acrescentou Xaud.
Esta é a quarta captação de órgãos para doação realizada em Roraima. Três foram realizadas no HGR e uma no Hospital da Criança Santo Antônio, no ano passado. Todas feitas pela equipe médica do HGR.
“A ideia é dar continuidade ao processo de acolhimento da família e sensibilização sobre a importância da doação de órgãos para a sociedade”, disse o diretor geral em exercício do HGR, Edgar Hoover de Souza Cruz.
COMO SER UM DOADOR DE ÓRGÃOS – Após o diagnóstico de morte encefálica, a família é consultada e orientada sobre o processo de doação de órgãos.
Depois de seis horas de atestada a falência cerebral, o potencial doador passa por vários testes clínicos para confirmar o diagnóstico. Em seguida, a família é questionada sobre o desejo de doar os órgãos.
Mensagens por escrito deixadas pelo doador não são válidas para autorizar a doação. Por isso, apenas os familiares podem dar o aval da cirurgia, após a assinatura de um termo.
De acordo com o Ministério da Saúde, metade das famílias entrevistadas não permite a retirada dos órgãos para doação. Por isso, é importante conversar com a família ainda em vida para deixar claro esse desejo.
De um mesmo doador, é possível retirar o coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córnea, vasos, pele e ossos. Com isso, inúmeras pessoas podem ser beneficiadas com os órgãos de uma mesma pessoa.