O diagnóstico precoce nos casos de câncer infanto-juvenil é o caminho para um tratamento eficaz. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), em torno de 80% das crianças e adolescentes acometidos pela doença podem ser curados. Anualmente, o Hospital de Câncer de Barretos, em São Paulo, seleciona profissionais de saúde em municípios para uma capacitação que permite identificar os primeiros sintomas.
Em Rorainópolis, após a realização da “Caminhada Passos que Salvam” em novembro do ano passado, um médico e um enfermeiro devem ser selecionados para participarem da capacitação nos dias 22 e 23 de março. Serão três cartas entregues durante o processo até que os profissionais sejam escolhidos pela gestão municipal.
Conforme explicou a coordenadora da caminhada, Joice Camilo, o foco será em médicos e enfermeiros concursados para que tenha a garantia da atuação no município. Por não ter uma comprovação científica dos fatores de risco para a aparição da doença, médicos em alerta com os primeiros sinais podem salvar mais vidas.
“O problema maior dos óbitos de crianças em relação ao câncer, é que quando descobrem já é tarde e em estágio muito avançado. Então, a ideia é cada vez mais diagnosticar de maneira precoce. A “Caminhada Passos que Salvam” quer alertar toda a comunidade para ficar atenta aos sinais, seja febre recorrente, dilatação do abdômen ou a criança pode estar com um linfoma e acharem que é caxumba por não conhecerem”, relatou a coordenadora.
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Joice disse que durante a caminhada foram vendidos em média 900 kits com mochilas, bonés e camisetas, resultando em um montante de R$ 30 mil para o Hospital de Barretos. Essa é uma das formas de divulgar o tema à população, assim como por meio de distribuição de panfletos, debates nas escolas e orientação através de mídias sociais.
“Realizamos e foi um sucesso! Até porque Rorainópolis é um município que sempre tem criança em tratamento de câncer em Barretos, então aqui tem muitos casos. A ideia da capacitação é que profissionais de saúde sejam multiplicadores para os demais para que se chegue ao diagnóstico precoce porque evitar o câncer em crianças ainda é complicado”, ressaltou.
Ainda não se sabe quando as cartas podem chegar, mas a primeira pessoa a receber é a própria coordenadora, depois o prefeito e a secretaria municipal de Saúde e, por fim, os profissionais que foram escolhidos na rede pública.
“Estamos aqui na expectativa. Vamos ver que maneira vai ser feita essa escolha”, encerrou. (A.P.L)
