Cotidiano

Escola indígena adota aulas remotas devido à estrutura precária

Seed disse que unidade vai passar por reforma geral com recurso do FNDE/MEC na ordem de R$ 594 mil com contrapartida do Tesouro Estadual

A escola estadual indígena José Marcolino, em Pacaraima, precisou adotar as aulas remotas em meio ao período chuvoso que tem danificado cada vez mais a estrutura da unidade. É o que denuncia o tuxaua da comunidade do Contão, Vitoriano Gustavo.

A atual situação da estrutura, onde existem aproximadamente 500 alunos dos ensinos Fundamental e Médio, revoltou a população da maior comunidade do Município que faz fronteira com a Venezuela. Em um protesto, pais de alunos e os próprios estudantes demonstraram o interesse em em obter uma educação de qualidade e pedem a reforma da unidade.


Protesto de pais de alunos e estudantes da escola estadual (Foto: Divulgação)

Frases em cartazes estampam a indignação com a falta de estrutura e de profissionais suficientes na unidade. O alvo principal das críticas são as goteiras por toda a escola, que têm molhado livros, carteiras escolares em salas onde o forro já caiu, e até a comida armazenada na copa.


Situação de forro e de parede da escola estadual (Foto: Divulgação)

A chuva tem caído sobre a eletrificação e o medo em usar as tomadas da unidade é real, segundo o tuxaua. “É perigoso ter um curto-circuito”, disse Vitoriano Gustavo ,o qual revelou ter entregue nas mãos do governador Antonio Denarium (Progressistas) um pedido para reformar a escola.


População reclama de forros danificados (Foto: Divulgação)

“Nunca tivemos uma resposta de quando vai começar a reforma, por isso, a comunidade decidiu tomar uma providência e pedir a reforma o mais rápido possível”, declarou.

Procurada, a Seed (Secretaria Estadual de Educação) confirmou que a escola vai passar por reforma geral com recurso do FNDE/MEC (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação do Ministério da Educação) na ordem de R$ 594 mil com contrapartida do Tesouro Estadual.

*Por Lucas Luckezie