Cotidiano

Especialidade médica pode oferecer cura eficaz e segura

O principal diferencial da homeopatia é atender e agir no organismo humano como um todo, e não apenas nos sintomas apresentados por determinada doença

Hoje, dia 21 de novembro, é o Dia Nacional da Homeopatia. Você sabe o que é isso? Bem, a homeopatia é um método da medicina que, em resumo, estimula a cura “de dentro para fora”. Seu principal diferencial é atender e agir no organismo humano como um todo, e não apenas nos sintomas apresentados por determinada doença. Dessa forma, ela acaba por tratar o físico, o emocional e o mental do paciente.

Se um paciente está com dor de cabeça, por exemplo, a homeopatia trata a causa da dor de cabeça, bem como o emocional que possa ter originado essa dor. Ou seja, enquanto para a medicina alopática, popularmente conhecida como medicina tradicional, a causa primária dos desequilíbrios se situa no componente celular, para a homeopatia esta mesma causa pode vir de diferentes níveis da realidade humana.

Outra peculiaridade é que, diferente dos medicamentos alopáticos, os efeitos colaterais da homeopatia estão diminuindo cada vez mais. No entanto, assim como os medicamentos tradicionais, também é preciso que o médico prescreva uma receita. A farmacêutica e proprietária da Elifarma, Eliana Silva, explica que a importância da prescrição se dá em razão da anamnese do paciente.

“É preciso verificar com cuidado todos os aspectos relatados pelo paciente, justamente pelo fato de a homeopatia tratar o indivíduo como um todo. Essa anamnese pode durar até duas horas”, relatou. O medicamento, produzido em farmácias de manipulação, é destinado a ser ministrado segundo o princípio da similitude, com finalidade preventiva e terapêutica, obtido pelo método de diluições, seguidas de sucussões e/ou triturações sucessivas.

Nesse sentido, não basta que as substâncias originais e as preparações básicas sejam apenas diluídas e potencializadas para se tornar um medicamento homeopático. É preciso que sejam previamente testadas em uma pessoa sadia e utilizadas de acordo com a lei dos semelhantes, onde, dependendo do sintoma apresentado, o medicamento provoca os mesmos sintomas. “Nesse caso, ela apresenta uma leve piora e depois melhora”, frisou Eliana.

Para Hahnemann, fundador da homeopatia, os medicamentos efetuam a cura mediante sua capacidade dinâmica de atuar sobre a vitalidade. Portanto, o medicamento deve ser compreendido por suas características energéticas, já que não atuam diretamente no organismo por meio de átomos ou moléculas. Vale ressaltar que na homeopatia, os medicamentos podem vir dos reinos animal, vegetal, mineral, fungi, protista e monera.

Há mais de 30 anos no mercado de manipulação, Eliana reforçou que a homeopatia tem uma resposta terapêutica expressiva. “As pessoas veem como alternativa, mas a homeopatia deveria ser prioridade por ser um tratamento que causa menos efeito colateral. Interessante seria se tivéssemos mais acesso a esses medicamentos na própria rede pública. No entanto, a gente percebe que a rede não tem muitos profissionais que atendam a essa área”, finalizou.

PRINCÍPIOS BÁSICOS – São quatro os princípios básicos da homeopatia: a Lei dos Semelhantes, que diz que as substâncias existentes na natureza têm a potencialidade de curar os mesmos sintomas que são capazes de produzir; a Experimentação no Homem Sadio, em que experimentações com substâncias preparadas homeopaticamente devem ser realizadas em homens sãos, para que então possam ser usados para curar homens doentes; as Doses Mínimas, comprovada quando Hahnemann obteve melhores resultados quando passou a diluir cada vez mais os medicamentos; e o Remédio Único, uma vez que Hahnemann recomendava o uso de apenas um medicamento por vez, ou seja, o medicamento que contivesse o maior número de sintomas que o paciente apresentava.