Hoje, 10, é comemorado o dia do atleta profissional, como forma de homenagear aquelas pessoas que fazem do esporte, a sua profissão. Em alguns casos, atletas profissionais de Roraima, já conquistaram vitórias em cenário nacional, mas o investimento foi feito pelas próprias famílias.
Para o professor do curso de Educação Física, Francisco Edson Leite, ainda é necessário um olhar atento e prioritário por parte do poder público na aplicação de recursos para essa finalidade. Sobre as modalidades coletivas, ele afirma que apesar das dificuldades de 2021 as equipes obtiveram resultados positivos.
“Foi um bom ano para o basquete roraimense, tivemos equipes da modalidade conquistando títulos no Amazonas. O futsal é uma modalidade que representa muito bem nosso Estado em competições nacionais”, relembrou o professor.
Para o especialista, dois pontos são fundamentais para que o esporte evolua em Roraima. “O primeiro ponto é com relação ao intercâmbio. Nossos atletas e equipes precisam fazer amistosos com equipes de outros Estados, e para isso é preciso melhorar nossa acessibilidade pela malha aérea, e também o investimento nas rodovias que nos liguem até o estado do Pará e de Manaus até Rondônia”, explica. Para ele, essa melhoria na acessibilidade vai ampliar as opções de deslocamento para os atletas participarem do circuito nacional de competições.
O segundo aspecto que o professor Edson entende ser fundamental para o crescimento do esporte profissional é o incentivo às empresas locais para patrocinar nossos atletas. “É importante que os empresários sintam motivação para investir no esporte e que esse investimento lhe garanta retorno. Não podemos esperar que as empresas façam caridade aos atletas, ninguém quer isso. O atleta quer oportunidade de mostrar seu potencial e ser valorizado por isso. O empreendedor que investir e prosperar com o esporte. É um jogo de ganha-ganha”, ressalta.
Para o professor, 2022 será o ano de retorno com força total dos esportes profissionais, uma vez que a área foi impactada diretamente com a pandemia do Covid-19. Além do adiamento das olimpíadas, um dos principais prejuízos que esses profissionais tiveram, nos últimos dois anos, foi a limitação dos treinamentos.
Edson observa que a suspensão dos campeonatos dificultou também o ritmo de disputas nas mais diversas modalidades, “Tanto para atletas amadores quanto para atletas olímpicos, houve uma quebra no ciclo de preparação e isso compromete muito o rendimento”, explica.
O terceiro ponto que ele considera que prejudicou bastante os atletas foram os impactos na economia, pois muitas empresas não puderam continuar investindo no esporte e muitos atletas perderam o patrocínio e outros tiveram que abandonar o esporte para trabalhar em outras tarefas e garantir sua renda.