Cotidiano

Esposa de paciente denuncia demora para plano de saúde liberar exames

Casal paga mensalmente R$ 2 mil pelo plano e está há quatro meses em Goiânia para tratar e buscar um diagnóstico completo da doença do paciente

L.D.A.L, 42, sofre com um problema congênito conhecido como MAV (malformação arteriovenosa cerebral). Com fortes dores de cabeça, o militar esteve nessa segunda-feira (16), no Instituto de Neurologia de Goiânia, e a pedido do médico, solicitou tomografia de crânio e exames de sangue. Mas o plano de saúde, segundo a esposa A.P.A.L., 38, demorou seis horas para liberá-los.

“Meu esposo estava com muitas dores e ele foi medicado paliativamente, porque o médico precisava ver a tomografia pra saber que conduta adotar”, relatou A.P.A.L.

“É algo que pode ser feito em minutos, como uma consulta, mas não, eles nos fazem esperar”, reclamou.

Embora L.D.A.L. tenha nascido com o problema, ele só o descobriu há dois anos. O casal, que paga mensalmente R$ 2 mil pelo plano de saúde, está há quatro meses em Goiânia para tratar e buscar um diagnóstico completo da doença do militar.

Considerada rara, a MAV atinge aproximadamente 150 mil pessoas por ano no país. A dor de cabeça é o sintoma mais comum, mas o paciente pode até perder a visão e ter paralisia na face.

No crânio de L.D.A.L., existe uma válvula instalada para drenar o líquor, um líquido que vai da coluna à cabeça e cuja principal função é fornecer uma barreira mecânica e imunológica, protegendo o sistema nervoso central.

“Ele tem um hiperfluxo que causa a hipertensão intracraniana, causando a dor”, explicou a esposa.

A Folha procurou a empresa que oferece o plano de saúde ao paciente, mas não recebeu resposta até a publicação desta reportagem.