Cotidiano

Esposas de militares cobram salários atrasados do Governo

Esposas de agentes da Polícia Militar (PM) e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado (CBMRR) estão, neste momento, a caminho do Palácio Senador Hélio Campos, no Centro Cívico, para cobrar o pagamento dos militares.

O grupo iniciou o manifesto em frente a Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), expondo cartazes em relação ao atraso salarial.

Jeane Lopes, casada há 15 anos com um policial militar, informou que mais de 200 mulheres fazem parte do grupo. No entanto, nem todas estão presentes por medo de perseguições junto ao companheiro no ambiente de trabalho.

“Estamos fazendo malabarismo, pegando dinheiro emprestado com parentes para comprar a comida dos nossos filhos e para comprar gasolina. Nossas contas estão correndo juros, estamos com medo de ficar sem água e energia”, disse.

Segundo Jeane, os militares deveriam receber o pagamento no próximo dia 10 de novembro, mas até o momento as famílias ainda esperam o pagamento referente ao mês de outubro.

“Os Policiais Militares e os bombeiros têm famílias e filhos que precisam receber. Nossos maridos precisam receber”, ressaltou Jeane.

A senhora Edinilza Freitas, casada com um policial militar, informou que é constrangedor ter em casa um servidor que cumpre seu dever diariamente para não receber no final do mês.

“O mercado não entende que a gente não tem salário. Falta as coisas em casa, falta pagamento pra contas, e quando o salário sai não tem juros, enquanto as contas só acumulam. A gente se vira como pode”

Edinilza informou que esta foi a maneira encontrada pelo grupo para que o Governo se manifeste em relação ao atraso salarial, tendo em vista que o Estatuto 194 da PM proibe a manifestação por parte dos agentes.

“Nós (familiares), precisamos de uma posição concreta para nos organizar. Estamos aqui porque eles não podem reivindicar seus direitos, mas nada nos impede”, declarou.

Colaborou o repórter Minervaldo Lopes

Mais informações a qualquer momento na FolhaWeb.