A Esquina Americana, espaço do Senac Idiomas parceiro da Embaixada Americana, divulgou editais de bolsas para estudo nos Estados Unidos. Os editais são do programa Fulbright Brasil, com grande peso internacional, e abrem uma vez por ano.
Hubert H. Humphrey Fellowship Program: profissionais de ONGs e do setor público (nas áreas de Saúde Pública, Meio Ambiente, Comunicação, Direito, Políticas Públicas e Tecnologia) passarão dez meses trabalhando e estudando academicamente na área. Apesar do prazo apertado (até 02/06), a seleção abre anualmente.
Professor/Pesquisador Visitante nos EUA (é preciso ter sete anos de experiência após a conclusão do Doutorado, podendo passar até quatro meses nos Estados Unidos dando palestras e/ou participando de pesquisas. A inscrição vai até 28 de julho.
Professor/Pesquisador Junior nos EUA: semelhante ao anterior, também é para Doutores em qualquer área, que tenham sido contratados há pouco tempo por universidades brasileiras. A duração do programa é de até quatro meses e a inscrição se encerra no dia 28 de julho.
FLTA (Foreign Language Teaching Assistant): professores de português formados depois de 2014 vão ensinar o nosso idioma nos EUA durante nove meses e frequentar cursos de cultura e história americana. É preciso ter graduação em Letras. A inscrição vai até 28 de julho.
“Valeu a pena”
Victor Araújo foi um dos participantes da última edição do FLTA e esteve no Senac Idiomas na última terça (28) compartilhando sua experiência. O jovem recebeu seguro-saúde, moradia, bolsa (“em um valor muito bom para se viver com conforto”), passagens de ida e volta e o visto.
Lá, ele trabalhou na Universidade do Arkansas, onde estudou cultura e história americanas e ensinou português para duas turmas. Além disso, ele participou de eventos externos; ajudou a alimentar as redes sociais do programa e a organizar eventos de integração: saraus literários (nos quais os alunos americanos leram poemas e minicontos de Gonçalves Dias a Edgar Borges, escritor roraimense), piqueniques, apresentações de música brasileira.
“Foi bem legal”, exclamou sempre que contou uma história ou mostrou um vídeo de algum trabalho realizado em sala de aula. O grupo de bolsistas depois criou um perfil no Instagram onde dá dicas e conta sua experiência para quem também quiser participar das próximas edições. O nome do perfil, pocando nos States, é inspirado em uma gíria do Estado do Espírito Santo (de onde vieram duas bolsistas) e significa “sendo feliz” e “arrasando”.
Para ganhar a bolsa, ele criou uma conta na plataforma da Fulbright e preencheu seus dados pessoais, acadêmicos e profissionais. Depois, enviou três redações com os seguintes temas pedidos: “O que você pretende fazer enquanto embaixador cultural? ”, “Qual a metodologia que você vai usar para ensinar português? ”, e “por que você é um bom candidato? ”.
Araújo enfatizou que mora em uma região de fronteira com a Venezuela e a Guiana, situação peculiar em relação ao resto do Brasil, que iria levar danças típicas e até mesmo preparar paçoca. Ele ainda enviou um vídeo de 30 segundos, exigência do edital, com uma “torcida organizada” formada por seus colegas.
“Eu fui aprovado em novembro de 2017 e a bolsa só começaria em agosto de 2018. Enquanto isso, não seria possível ter um emprego nem cursar um Mestrado. Precisei do apoio da família e para lidar com a ansiedade dessa espera, mas valeu a pena, porque eu queria mesmo participar do programa”, contou.
Na Esquina Americana, localizada no Senac Idiomas, é feita a orientação para quem deseja se inscrever em programas de estudo nos Estados Unidos. O atendimento é gratuito e funciona de segunda a sexta em horário comercial. Muitos dos editais e programas de ensino são divulgados no site do Education USA, fonte oficial do governo americano sobre o tema.
Fonte: Senac