Estado de Roraima tem mais bandidos que policiais militares

Tem mais bandido em Roraima que policiais militares. Os números foram divulgados esta semana no Fórum Brasileiro de Segurança Pública, da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), subordinada ao Ministério da Justiça. São 1.528 presos contra 1.412 PMs (Policiais Militares). O Estado, ainda segundo a pesquisa, tem um elevado número de coronéis, se calculado pelo total de habitantes.
A pesquisa é detalhada e aponta que Roraima tem 172 oficiais da PM e 1.215 praças, quadro formado por sargentos, cabos e soldados. No Corpo de Bombeiros são 43 oficiais e 236 praças. O estudo também mostra o quadro da Polícia Civil. São 76 delegados na ativa e 779 não delegados. A Guarda Municipal também é apontada na pesquisa. Na Capital roraimense são 324 guardas.
O estudo aponta ainda o salário de quem trabalha na área de Segurança Pública. Roraima não paga bem, mas também não paga mal. Um delegado da Polícia Civil, por exemplo, recebe R$ 9.699 na remuneração inicial bruta. Em São Paulo, o delegado ganha R$ 6.709, o menor do Brasil. O maior salário é pago em Mato Grosso, R$ 18.837.
Na Polícia Militar, um coronel em Roraima ganha R$ 10.699. No Rio Grande do Sul, o oficial de mesma patente recebe o menor salário do País, R$ 7.928. O melhor salário é pago no Paraná, R$ 21.531.
A diferença salarial também é grande para soldados. Em Roraima, o praça recebe R$ 2.520 no soldo inicial. No Rio Grande do Sul, ele ganha R$ 1.375. No Distrito Federal, o soldado PM recebe R$ 4.122.
Os números apontam que em 2012 Roraima gastou, apenas em policiamento, mais de R$ 9.4 milhões. No ano passado, os gastos aumentaram para R$ 11,5 milhões. Nos setores de Informação e Inteligência, Roraima utilizou pouco mais de R$ 3 milhões em 2012. No ano seguinte, na mesma área foram gastos R$ 4,4 milhões.
Sobre a realização de novos concursos públicos na área de Segurança Pública em Roraima, a Folha solicitou informações das Assessorias de Comunicação da Polícia Militar e Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), mas até o fechamento da matéria, às 16h45, não houve retorno. (AJ)