A novela que envolve uma obra na avenida Yeyê Coelho, no bairro Jardim Floresta, parece não ter fim. Na manhã desta quarta-feira, 15, o presidente da Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caer), James Serrador, esteve de novo no local explicando qual serviço é de responsabilidade da companhia.
Segundo Serrador, a Prefeitura de Boa Vista iniciou uma obra de recapeamento na avenida onde já existia asfalto. “O problema é que a prefeitura começou esse serviço num período de chuva em que o trecho que é para receber esse recapeamento está impossibilitado devido ser uma área alagadiça, ficando inviável a conclusão do serviço”, afirmou.
Ele disse ainda, que a Caer não tem qualquer responsabilidade sobre o problema apontado pela prefeitura.
“Aqui nessa área tem dois pontos de visitação da Caer e não há qualquer mau funcionamento do esgoto, nem vazamento. No entanto a empresa que executa a obra retirou as tampas desses pvs, o que não precisaria para fazer o recapeamento da via. A Caer se coloca a disposição, e estamos aqui com toda nossa equipe de manutenção de esgoto, com retroescavadeira, prontos pra ajudar, caso a prefeitura ou a empresa mostrem que tem alguma pendência por nossa parte”, ressaltou Serrador.
O presidente da Caer se disse surpreso com uma placa afixada no local, informando “a obra está paralisada aguardando solução definitiva da Caer”. Serrador esclareceu que a companhia não tem qualquer responsabilidade sobre a obra.
PLACA – Na avenida Yeyê Coelho existe uma placa da prefeitura dizendo que é um serviço de drenagem superficial com tubos de concreto, sarjeta, pavimentação asfáltica com sinalização nas ruas e avenidas de Boa Vista, com valor de mais de R$ 5 milhões. O início da obra foi em outubro de 2018 e a conclusão estava prevista para 210 dias.
PREFEITURA – A Prefeitura de Boa Vista, por meio de nota, informou que as intervenções na avenida Yeyê Coelho se iniciaram em 1º de junho de 2020, visando a recuperação da via que é de grande acesso a bairros populosos. Contudo mesmo antes de iniciar os serviços, a empresa responsável pela obra se deparou com os pontos de visitas da rede de esgoto em seus limites, faltando poucos centímetros para se extravasar e transbordar dejetos na via.
A empresa conseguiu executar os serviços, porém, ao adentrar na área mais baixa, nas proximidades do igarapé (Área de Proteção Ambiental), ocorreram três extravasamentos seguidos (crime ambiental) o que de fato atrasou e atrapalhou todo o planejamento da obra.
“A prefeitura lamenta o ocorrido e espera que a Caer tome alguma providência definitiva para o problema de extravasamento na avenida Yeyê Coelho, que é recorrente em diversas épocas do ano, uma vez que, se o trecho for pavimentado, futuramente precisará ser retirada a camada asfáltica para manutenção no esgoto, gerando desperdício de recursos públicos”, diz trecho da nota.