Cotidiano

Estamos enfrentando quatro guerras no Brasil, diz Carlos Wizard

Em entrevista a FolhaBV, Wizard citou os desafios que o Brasil passa durante a pandemia

Nessa quarta-feira, 20, o empresário Carlos Wizard, aceitou o convite para atuar como conselheiro de assuntos estratégicos do Ministério da Saúde, feito pelo ministro interino, general Eduardo Pazuello.

Em entrevista exclusiva a FolhaBV, Wizard citou os desafios que o Brasil passa durante a pandemia.

“Estamos enfrentado quatro guerras no país, a primeira é contra o coronavírus, a segunda é na economia, a terceira é a da comunicação e a quarta é a guerra política. São 5.600 municípios no país e mais da metade não teve nenhuma morte por coronavírus então não adianta pegar de norte a sul, onde crianças não vão pra escola, fechar indústria, fechar comércio, então precisamos avaliar situação por situação”, explicou.

Ainda segundo o empresário, o coronavírus tem sido usado como plataforma política.

“A politica hoje tornou o coronavírus uma plataforma onde cada um defende seus interesses. O presidente da república defende o uso da cloroquina para pacientes leves, e tem aqueles que condenam, e na verdade, se você parar pra pensar, hoje milhões de brasileiros que sofrem de malária já tomam a cloroquina, e o uso dela no início vai evitar que o paciente chegue ao estágio avançado e tenha que ir pra uma UTI”, acrescentou.

Carlos Wizard passou dois anos na fronteira em Roraima, trabalhando na interiorização de imigrantes venezuelanos.

“Vamos continuar dando apoio a interiorização de venezuelanos, agora nós temos uma oportunidade muito interessante pelo fato da fronteira estar fechada e temos a chance de continuar a interiorização e diminuir a população venezuelana que está abrigada na cidade”, disse.

Hospital de Campanha – Sobre o Hospital de Campanha construído pelo Exército em Roraima, Wizard foi enfático em afirmar que construir hospital é fácil, o grande desafio é operar um hospital. “O Ministério transfere os recursos para a compra de equipamentos e contratação de pessoal, e os estados e municípios é que devem gerenciar esses recursos”, concluiu.