Estradas do Paredão estão intrafegáveis

*ATUALIZADA ÀS 13h58

As chuvas do inverno deste ano já começam a prejudicar a locomoção de moradores que residem em localidades afastadas das sedes dos municípios do interior do Estado. Em Alto Alegre, Centro-Oeste de Roraima, a situação já considerada precária para quem vive na região do Paredão.

Por meio de um celular, um morador registrou as dificuldades de condutores de carro e moto por uma estrada situada na Vicinal 6. O acúmulo de lama faz com que o acesso fique escorregadio. Os atoleiros na região também acabam sendo inevitáveis.

“Essa é a situação da Vicinal 6, do Paredão. Todo ano é assim e os políticos dizem que estão trabalhando. Estão trabalhando, não param de trabalhar, mas aonde é que eu não sei”, comentou o morador.

De acordo com o diretor Executivo de Proteção e Defesa Civil, coronel Cleudiomar Ferreira, situações enfrentadas pelos moradores do Paredão são comuns nesta época do ano, em todo interior do Estado. O órgão tem estado em várias localidades, realizando uma série de orientações aos chefes dos municípios.

“Esta situação se repete em todas as vicinais e rodovias não asfaltadas durante esse período. Pelo que se vê a estrada não há rompimento do trecho, apesar de que as condições de navegabilidade em dias de chuva são muito ruins. Nesse caso a Defesa Civil poderá fazer vistorias e encaminhará relatório técnico à Seinf [Secretaria Estadual de Infraestrutura]”, disse.

Sobre a situação do Paredão, ele alertou que a Prefeitura ainda não iniciou os procedimentos de implantação da Defesa Civil Municipal, o que acaba dificultando o apoio do órgão ao município.

“O prefeito já está ciente dessa necessidade e precisa que todo trâmite seja acelerado o quanto antes”, completou.

SEINF – Sobre a questão, a Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinf) informou, por meio de nota, que o Governo do Estado vai licitar no início de junho, o serviço de Patrulha Mecanizada, para atender de forma emergencial os municípios do Interior na recuperação de vicinais, o que inclui a vicinal 6, região do Paredão, em Alto Alegre,.

 

“Devido o atraso na liberação do Orçamento, somente agora o Governo do Estado poderá abrir Licitação, que nesse caso específico, deve ocorrer na modalidade Pregão, facilitando a celeridade no processo”, justificou.

 

A nota ressalta ainda que após a licitação, a Patrulha Mecanizada vai fazer o serviço de recuperação emergencial da vicinal 6 e de outras do município do Alto Alegre.

 

“Após o inverno, o Governo do Estado vai colocar em prática o projeto de recuperação de vicinais, com recursos das emendas parlamentares dos deputados estaduais”, completou.

 

A nota reitera que, apesar de uma decisão do Tribunal de Justiça determinar que a responsabilidade pela manutenção e recuperação de vicinais e pontes seja dos municípios aos quais elas pertençam, dentro de suas possibilidades financeiras, irá ser parceiro das prefeituras na busca de solução para sanar esses problemas.

PREFEITO –  Já o prefeito de Alto Alegre, Pedro Henrique Machado, reconheceu a situação precária vivenciada pelos moradores do Paredão, mas reafirmou que tem realizado um contínuo trabalho de recuperação de estradas desde o início do seu mandato.

“De fato, as estradas do Paredão ficam nessa situação em todo o período de inverno, mas quero ressaltar que desde o início do meu mandato, as máquinas da Prefeitura já efetuaram alguns trabalhos para amenizar os efeitos do inverno. Meu pai e eu somos produtores de lá e nós sabemos quais são as dificuldades daquela região, e as máquinas continuam realizado serviços naquela localidade, inclusive agora neste inverno”, destacou.

Segundo o prefeito, os serviços na região tiveram uma pausa de dois dias, em razão de problemas na máquina patrol que realiza dos trabalhos nas localidades. Com lâmina substituída, o serviço nas vicinais já deve estar retornado em breve.

“Daqui a 10 dias vai chegar uma pá carregadeira, que vai melhorar os serviços. Ressalto que e as maquinas da Prefeitura não estão paradas, porém, as vicinais do Paredão nos dão um pouco mais de trabalho em razão da situação do solo”, completou.