Os dez dias da Operação Ágata 10, executada pelos militares da 1ª Brigada de Infantaria de Selva (1ª BdaInfSl), com objetivo de combater ilícitos transfronteiriços e intensificar a presença do Estado Brasileiro nas faixas de fronteira de Roraima, apresentou um saldo positivo, segundo informou o major Rodrigo Luiz, responsável pela Comunicação Social da Brigada.
A operação começou dia 21 e terminou na sexta-feira, dia 30. Envolveu mais de mil militares que estiveram presentes em todo o arco fronteiriço do Estado e resultou na interdição de duas pistas de pouso clandestinas que davam apoio a garimpagem ilegal; neutralização de duas áreas de garimpos ilegal; apreensão de mais de 900 m3 de madeira proveniente de extração ilegal.
Além de revista em mais de 3 mil veículos nas rodovias e vicinais do Estado e do patrulhamento de vicinais, rodovias e nos rios, que resultaram na apreensão de diversos materiais provenientes de descaminho avaliados em mais de 200 mil reais. A ação serviu também para atualização do cenário de inteligência do Estado.
Outro fator destacado pelo major Rodrigo Luiz foi os mais de 800 atendimentos médicos, odontológicos e recreativos que foram realizados nas ações cívico-sociais nas localidades ao longo de toda faixa de fronteira, onde o Exército se fez presente.
Conforme o Exército Brasileiro, as áreas de atuação durante a Operação Ágata 10 foram específicas e mantidas em sigilo para a manutenção do efeito surpresa, permitindo, assim, uma maior eficácia.
O major Rodrigo Luiz informou que a operação, sob controle do Ministério da Defesa, teve caráter de interagência e não se enquadrou como uma ação típica de defesa, mas de um conjunto de ações pontuais contra o crime transfronteiriço, que contou com o apoio de órgãos federais, estaduais e municipais, sob a coordenação do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA).
Na Ágata 10, a 1ª Brigada de Infantaria de Selva cumpriu o dever legal previsto na Constituição Federal e em leis complementares, intensificando a presença do Estado Brasileiro junto à faixa de fronteira, contribuindo no combate aos ilícitos transfronteiriços, tais como: narcotráfico, contrabando e descaminho, tráfico de armas e munições, crimes ambientais, contrabando de veículos, imigração ilegal e garimpo ilegal.
HISTÓRICO – Lançado em junho de 2010, o Plano Estratégico de Fronteiras (PEF) criou duas operações. Uma no âmbito do Ministério da Justiça, a Operação Sentinela, de caráter permanente e de responsabilidade da Polícia Federal. A outra é a Operação Ágata, de responsabilidade do Exército Brasileiro.
Nas nove operações Ágata, realizadas anteriormente, os principais resultados foram: 319.635 veículos inspecionados; 222 aeronaves inspecionadas; 498 embarcações apreendidas; 498 embarcações vistoriadas e/ou notificadas; 106 armas apreendidas; 19,8 toneladas de explosivos apreendidos; 11,8 toneladas de drogas apreendidas e revistadas 16.919 pessoas.