Uma força constituída para apoiar o sistema de Defesa Civil do Estado de Roraima em caso de grandes queimadas. Foi com este objetivo que a Força Interagências de Ajuda Humanitária foi implantada. Para a apresentação do grupo, uma atividade de preparo foi realizada na manhã dessa quarta-feira, 14, pelo Exército Brasileiro, por intermédio da 1ª Brigada de Infantaria de Selva (1ª BdaInfSl).
O major da 1ª BdaInfSl, George Alberto, explicou que o Comando de Operações Terrestres Brasileiro foi quem determinou que cada Comando Militar de Área estabelecesse uma força de apoio à Defesa Civil ou força de apoio de Ajuda Humanitária. No caso do Comando Militar da Amazônia, que inclui Roraima, coube à 1ª Brigada estabelecer a Ajuda Humanitária.
“A ideia é colaborar e auxiliar as agências componentes do sistema Defesa Civil, que inclui o Corpo de Bombeiros e as Defesas Civis de cada município, principalmente no combate às queimadas de grande proporção”, disse. Conforme explicou, a colaboração tem duas vertentes: o apoio logístico, para que os profissionais durem mais tempo na ação de combate; e, de forma secundária, o fornecimento de 90 brigadistas para as ações.
Em relação ao apoio logístico, serão montadas áreas de suporte para que o Corpo de Bombeiros, Ibama e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que possuem brigadistas, possam durar mais tempo na ação. Na prática, após apagar o incêndio, os militares se dirigem às áreas de suporte para descansar, se alimentar, tomar banho, dormir e realizar a manutenção das viaturas e do próprio material de combate ao fogo.
Nessa quarta-feira, 360 militares foram apresentados como componentes da Força de Ajuda Humanitária, sendo 40 pertencentes de um destacamento de resposta inicial, responsável por identificar a extensão dos danos e saber qual a melhor maneira de apoiar a Defesa Civil, e 320 como responsáveis para montar as áreas de apoio logístico e combater o fogo com os brigadistas. A Força Interagências de Ajuda Humanitária já está pronta para atuar.
Para a criação do projeto, o major ressaltou o apoio que o Exército recebeu do Corpo de Bombeiros, Ibama, a Companhia Independente de Polícia Ambiental, ICMBio e Universidade Federal de Roraima (UFRR). “A função do Exército é exercer um papel de colaboração, nós não assumimos o comando das ações. A nossa função é apoiar os órgãos nessa luta contra as queimadas”, concluiu.
O comandante do Corpo de Bombeiros Militar de Roraima (CMB/RR), coronel Doriedson Ribeiro, disse que já vem em entendimento junto ao Exército Brasileiro para fazer um trabalho de apoio logístico à Defesa Civil há algum tempo, a fim de atender as demandas em relação aos incêndios florestais. “A partir desse ano, três equipes de força-tarefa logística estão à disposição da Defesa Civil em caso de necessidade”, afirmou. (A.G.G)