Cotidiano

Falta de calçadas prejudica locomoção de cadeirantes

Prefeitura de Boa Vista afirmou que projeto de Mobilidade Urbana prevê obras de acessibilidade para diversas ruas da cidade

A falta de calçadas em um longo trecho da Avenida Laura Pinheiro Maia, que divide os bairros Senador Hélio Campos e Pintolândia, tem provocado reclamações por parte da população local. Os motivos seriam a falta de acessibilidade, pois há dificuldade de locomoção dos pedestres. Além disso, por conta dos acidentes ocasionados pela situação.

De acordo com o funcionário de um comércio da região, Jean Ferreira, o trabalho executado pelo poder público é falho. “É errado realizar o plantio de flores e gramado em vez da implantação de calçadas no meio fio. As pessoas querem caminhar, fazer exercícios, e não está sendo possível. Até mesmo atravessar a rua tornou-se um problema”, enfatizou o trabalhador.

Em relação à acessibilidade, o caso torna-se ainda mais complicado, principalmente para quem possui alguma debilidade física ou necessidade especial. O cadeirante Harllen Teles afirmou que sofre com a falta de acessibilidade. “Tenho que me locomover pelas laterais da via, porém, por não ter calçada fica complicado. Por falta de espaço, muitas vezes fico em situações de risco, principalmente por conta dos automóveis que passam ao meu lado. Além disso, em épocas de chuva, o lamaçal atrapalha muito”, explicou.

PREFEITURA – Em nota, a Prefeitura de Boa Vista informou que o projeto de Mobilidade Urbana prevê obras de acessibilidade para diversas ruas da cidade. O projeto prevê diversos serviços, tais como drenagem, terraplanagem, pavimentação, implantação de 50 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas, interligando a zona Oeste ao Centro. Além de 30 quilômetros de calçadas, adaptadas aos padrões de acessibilidade. “É uma realidade que irá transformar a capital em uma cidade cada vez mais planejada à população”, afirmou.

A prefeitura informou ainda que está executando a construção de mais de 20 quilômetros de calçadas em bairros da zona Oeste da capital, que contribuem para a limpeza e padronização das rampas de acesso nas esquinas. “Ainda estão sendo construídos meio-fio e sarjeta, que contribuem para a rede de drenagem. Os recursos foram garantidos por meio de dois convênios, um com o Ministério da Defesa e outro com Ministério das Cidades”, esclareceu. (B.B)