Funcionários dos Correios, que preferem não se identificar, denunciaram à Folha que a empresa está há cinco dias sem fazer entrega de correspondências em seis bairros de Boa Vista e encomendas em toda a capital. Conforme a denúncia, o fim do contrato que os Correios tinha com a empresa que abastecia os veículos terminou e as motos e carros estão sem combustíveis para atender as demandas da cidade.
De acordo com os funcionários, os bairros que estão sendo afetados com a falta de combustíveis são Cruviana, Pérola do Rio Branco, Bela Vista, Nova Cidade, Raiar do Sol, Conjunto Cidadão e Cidade Satélite. Nesses locais, os carteiros se deslocam de moto para fazer as entregas de correspondências simples. Por dia, uma média de oito mil cartas devem estar deixando de ser entregues.
Além dessa situação, a falta de combustível também afetou as entregas de encomendas, que são feitas com o deslocamento dos funcionários dos Correios de carro, partindo da Central de Entrega de Encomendas (CEE). Nessa situação, a média de encomendas é de aproximadamente 70 por dia que cada carteiro deixa de entregar em toda cidade.
Os funcionários contaram à reportagem da Folha que ao questionar os superiores sobre a previsão para o retorno de suas atividades, até hoje de manhã não havia uma data definida para resolver o problema.
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CORREIOS
Já a Assessoria de Imprensa dos Correios negou a denúncia feita por funcionários que contaram à Folha que estão sem fazer entrega desde quarta-feira da semana passada. De acordo com a nota enviada ao jornal, a falta de combustível para abastecer os veículos aconteceu apenas nesta segunda-feira, dia 21 de março.
Sobre o motivo de não ter combustível, a assessoria informou que aconteceu “por uma questão contratual”. Já quanto ao tempo que permaneceu o problema, a nota dos Correios afirma que “não é verdadeira a informação que existem correspondências e encomendas paradas há cinco dias”.
“A questão contratual já foi solucionada, todos nossos veículos/motocicletas já foram abastecidos e amanhã dia 22/03/2016 as atividades operacionais estarão ocorrendo dentro da normalidade”, garante a nota.
