Apenas este ano, até 1 de agosto, 170 pessoas desapareceram em Roraima. No ano passado, eram 108, conforme números do NIPD (Núcleo de Investigação de Pessoas Desaparecidas).
Somente neste ano, a estatística do Sinalid (Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos), ferramenta do Conselho Nacional do Ministério Público, aponta para 85 mil casos em todo o Brasil.
Em 2021 no estado de Roraima, 194 pessoas foram encontradas, o número contém pessoas desaparecidas em anos anteriores. Até o fim de julho deste ano, 100% das crianças desaparecidas em 2021, foram encontradas. E ainda vale destacar que 65% dos desaparecimentos são de mulheres, na grande maioria acima dos 18 anos de idade.
PRINCIPAIS CAUSAS
Uma das principais causas atualmente é social, principalmente a falta de comunicação familiar, pois quando há esse diálogo entre os membros, se torna mais fácil prosseguir com a investigação.
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“Há degradação da família, não se conversa mais, não se olha no olho, não almoçam juntos, não existe diálogo dentro das casas. Então essas crianças e adolescentes são criadas pelo celular, tablet e pela rua, logo os pais não conhecem esse indivíduo, não conhece o círculo de amizades, o que gostam. Além de ser um grande fator para os desaparecimentos, isso tudo torna a investigação muito mais difícil, porque os pais não conhecem seus filhos.” Conta o Delegado Marcos Lázaro, Diretor do NIPD.
Outro fator são os transtornos e doenças mentais, por vezes provenientes de relações ou a falta dela, em casa, na escola, no trabalho.
Fatores como garimpo, criminalidade organizada e migrações, podem causar alteração dos números de desaparecidos.
COMO DENUNCIAR
Muitas pessoas ainda acreditam que é necessário esperar 24h para fazer a denúncia, mas essa crença está totalmente errada. Assim que a falta for notada, você pode ir a qualquer unidade da Polícia Civil fazer a denúncia, inclusive no Núcleo de Investigação de Pessoas Desaparecidas. Além de poder fazer o contato de onde está, através do número (95) 99158-5447 ligação e WhatsApp, e pelo Facebook (PCRR/NIPD – Núcleo de Investigação de Pessoas Desaparecidas).
