Cotidiano

Falta de fiscalização é motivo de reclamação de motoristas

Estacionamento em local proibido é uma das infrações mais cometidas nas ruas de Boa Vista

Com a frota de veículos em crescimento constante, as ruas ficam congestionadas e a falta de vagas nos estacionamentos acaba levando muitos motoristas a estacionarem seus carros em locais proibidos. Alguns veículos chegam a obstruir a passagem de pedestres e outros carros. A população reclama que a falta de fiscalização por parte da Superintendência Municipal de Trânsito (SMTRAN) incentiva o mau hábito dos condutores.
O empresário Carlos Almeida mora no bairro Pintolândia, zona Oeste de Boa Vista. Para chegar em sua residência ele passa todos os dias na avenida N5. Ele relatou que os espaços destinados a estacionamento naquela via são facilmente ocupados, devido ao movimento nos estabelecimentos comerciais. “A maioria dos condutores, quando encontram a avenida lotada, acabam estacionado em locais proibidos, prejudicando o tráfego de carros, motos e pedestres”, disse.
Almeida afirmou que por diversas vezes relatou a situação ao SMTRAN, departamento responsável pela fiscalização do trânsito no município, porém nenhuma providência efetiva foi tomada. Ele disse que os agentes de trânsito municipal só aparecem quando há denúncia. “Acredito que esta fiscalização deva ser periódica, pois o trânsito em Boa Vista está cada vez mais violento. A prefeitura poderia instalar câmeras e intensificar a fiscalização”, sugeriu.
Outro local em que os condutores insistem em estacionar seus veículos indevidamente é a Avenida Capitão Júlio Bezerra, no Centro. A funcionária pública Alana Mendonça relatou que por diversas vezes escapou de colisões com outros veículos. “As pessoas não se cansam de levar multa por estacionar em local proibido. Pelo menos uma vez por semana eu escapo de bater o meu carro em frente ao Banco do Brasil. Nos horários de pico as faixas ficam mais estreitas, pois muitos carros estão estacionados indevidamente próximo ao meio-fio”, reclamou.
O estudante Marcos Lima afirmou que os veículos estacionados em locais proibidos prejudicam a visão dos veículos em movimento. “Alguns condutores estacionam seus carros quase em cima da faixa de pedestres. Quando tento atravessar a rua, tenho que sinalizar bem a minha presença, pois os carros estão me cobrindo”, disse.
OUTRO LADO – A Secretaria Municipal de Comunicação de Boa Vista informou, através de nota, que a Superintendência de Trânsito possui um efetivo de 90 agentes de trânsito que atuam na fiscalização pela cidade, em escala de plantão. “A fiscalização nas ruas é essencial para garantir a segurança, o respeito às leis de trânsito e para diminuir os acidentes”, esclareceu a nota. Só nos oito primeiros dias de 2015, foram apreendidos 21 veículos, entre motos e carros, e foram expedidas 344 autos de infração de trânsito.
A nota informa que em 2014, foram apreendidos, por mês, em média 60 veículos por não estarem dentro das normas previstas no Código de Trânsito Brasileiro. Ainda em 2014, foram geradas quase 24 mil notificações e uma média de duas mil multas expedidas por mês.
De acordo com a Superintendência Municipal de Trânsito, os números apontam que as infrações mais comuns na capital são: falta do uso do cinto de segurança, estacionamento sobre faixas de pedestres ou canteiros e vagas preferenciais e dirigir falando ao celular. O trabalho dos agentes de trânsito é feito em ruas e avenidas da capital com maior tráfego de veículos e conta com cinco carros, um caminhão guincho e 18 motocicletas.
A secretaria informou ainda que Boa Vista registra muitos acidentes, a maioria causados pela falta de conscientização dos motoristas. Por isso, blitze educativas são promovidas, na tentativa de sensibilizar toda a população. Mas mesmo com ações de alerta, muitos motoristas não respeitam a lei.
“A fiscalização prevê teste de bafômetro, verificação de documento do veículo e carteira nacional de habilitação. Quando esses procedimentos não estão de acordo com a lei, são aplicadas as penalidades segundo o Código Brasileiro de Trânsito. As equipes atendem ainda aos chamados de apoio e realizam palestras em instituições públicas e privadas”, finaliza a nota. (I.S)