A filha de um paciente que está internado há 33 dias na UTI do Hospital Geral de Roraima (HGR) entrou em contato com a reportagem da FolhaBV para denunciar a falta do medicamento Noradrenalina na unidade hospitalar.
Segundo a denunciante, caso o paciente não reaja a outras medicações similares, ele poderá vir a óbito.
Segundo a mulher, o pai que tem 69 anos, utilizou a última dose do medicamento nesta sexta-feira, 28, e o hospital está aguardando a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) repor o medicamento, pois não é disponibilizado para compra em farmácias.
“Eu e a minha família fomos atrás para comprar o remédio e nos foi informado que não é disponibilizado para compra, só quem pode comprar é a Sesau, que não sabe quando chegará as doses a unidade”, explicou.
A noradrenalina é utilizada para manter a pressão arterial do paciente, que vem oscilando constantemente. “Os médicos me explicaram que o corpo dele pode rejeitar a medicação similar a qualquer momento. Caso isso ocorra, ele poderá vir a óbito e essa é a minha maior preocupação porque a pressão dele está oscilando muito e já foram feitas várias dosagens em um período curto de tempo”, ressaltou a filha.
A noradrenalina é um composto químico envolvido em vários processos importantes do organismo. Um dos seus efeitos mais conhecidos é o vasopressor, ou seja, ela provoca aumento da pressão arterial, em razão do efeito vasoconstritor, que é a contração dos vasos sanguíneos.
O medicamento também possui efeito inotrópico positivo, ou seja, possui a capacidade de aumentar a força de contração do coração e está relacionada com a capacidade de ficar em alerta e ter uma boa memória.
OUTRO LADO
Em nota, a Coordenadoria Geral de Assistência Farmacêutica informou que está tomando as providências cabíveis quanto à normalização do fornecimento do medicamento, e que a previsão de chegada é para este sábado, 29.
“Tão logo, a remessa seja recebida será destinada o mais breve possível para as Unidades solicitantes. Como alternativa, está sendo utilizado epinefrina 1 mg/ml, para que os pacientes não fiquem desassistidos”, completou a nota.