Cotidiano

Falta de professor impede novas vagas

Sindicato dos professores vem reivindicando concurso público para contratação de mais profissionais desde o ano passado

A defasagem de professores na Universidade Estadual de Roraima (UERR) tem prejudicado a realização de vestibular em vários cursos oferecidos pela instituição de ensino. Alguns cursos não recebem turmas novas há quase quatro anos. No último vestibular, realizado em março deste ano, foram ofertadas apenas 390 vagas distribuídas em nove cursos de licenciatura e bacharelado.
Segundo a professora Laurinete da Silva, que fez parte do Conselho Superior da UERR (Conune), os docentes já haviam elaborado, no ano passado, uma série de critérios sobre a questão de abertura de novas turmas, mas nada foi feito. “Muitos professores saíram ou pediram exoneração, e isso acarretou na necessidade para outros cursos. Pedimos que fosse feito um projeto pedagógico para ter mais professor a partir de um concurso para que se configurasse na lista que já saiu esse ano”, disse.
Para ela, além da necessidade de professores, a expansão de novos campi e a falta de planejamento acabaram causando a falta de oferta de cursos nos vestibulares. “Na nossa avaliação, realmente a universidade diminuiu o número de vestibular devido a essas questões. Em compensação, não estamos percebendo que já houve um movimento efetivo na contratação de professores em nível de concurso, que é justamente o que a instituição precisa”, explicou.
O pró-reitor de Ensino da UERR, Elemar Fabreto, reconheceu a necessidade da realização de vestibulares para os cursos na unidade, mas disse que a instituição trabalha para normalizar a situação até 2018. “Estamos programando vestibular para o fim do ano para os cursos que não saíram no último. Esperamos implantar o vestibular único para todos os cursos de forma regular, mas, para isso, é preciso estrutura, professores e investimento por parte do governo”, destacou.
Ele citou que a universidade necessita da reestruturação de salas, orçamento e professores para suprir a demanda dos cursos. “É uma questão que não é de agora. Faltam salas de aula, que é uma questão que estamos tentando resolver no sentido de buscar emendas parlamentares para construção de novos prédios na Capital. Aqui, temos apenas 19 salas de aula, o restante é administrativo”, frisou.
Outro problema apontado pelo pró-reitor é em relação à evasão de alunos que se matriculam, mas não comparecem às aulas. “Temos mais de cinco mil alunos matriculados nas unidades da Capital e do interior, mas, conforme nosso levantamento, quase três mil não estão frequentando as aulas. Isso demonstra a falta de planejamento na instituição, e é algo que estamos tentando solucionar”, pontuou. (L.G.C)