Cotidiano

Falta de vagas em locais públicos faz crescer setor de estacionamento privado

Enquanto a Prefeitura não implanta sistema de estacionamento rotativo no Centro de Boa Vista, setor privado é quem fatura

A falta de vagas no estacionamento público no mais antigo centro comercial de Boa Vista, na avenida Jaime Brasil e adjacências, tem feito com que os condutores optem pelo mercado de estacionamentos privados. Naquelas proximidades há, pelo menos, dois locais que disponibilizam o serviço, por onde passam aproximadamente 100 veículos diariamente.

O operador de caixa Antônio Neto, que trabalha em um estacionamento privado na avenida Sebastião Diniz, disse que o movimento de veículos é constante. “A maioria das pessoas que estacionam nas vagas públicas é funcionários das lojas. Por isso, a todo o momento, muitos motoristas deixam seus carros e motos aqui”, disse se referindo ao serviço privado.

No local, o preço de uma vaga custa R$ 4,00 para carros e motos. Segundo Antônio Neto, passam por ali, diariamente, mais de uma centena de automóveis. “Do dia 1º ao dia 15, recebemos mais de 100 veículos por dia, o que representa um ganho total de R$ 500,00 a R$ 700,00. No entanto, a partir da metade do mês o movimento é mais fraco”, afirmou.

Outro operador de caixa, Claudionor Moita Pontes, de um estacionamento privado localizado na rua José Magalhães, também no Centro, confirmou o fraco movimento no final do mês. “O número de carros e motos cresceu muito em Boa Vista e isso é bom para nós. Mas no fim do mês é sempre complicado, pois os cidadãos estão sem dinheiro”, relatou.

De acordo com a estudante Roberta Caroline, a falta de estacionamento público nas vias é o motivo que a fez optar pelo particular. “Procurei por um bom tempo e não encontrei nenhuma vaga, ia demorar muito para achar. A questão da segurança também conta, pois previne qualquer transtorno”, afirmou.

Caroline disse que o único problema de estacionar em locais privados é em relação ao preço e a falta de tolerância em relação ao tempo de uso. “O valor está muito alto. Meu carro ficou estacionado aqui por apenas cinco minutos e mesmo assim tive que fazer o pagamento. Infelizmente não existe tolerância pelo pouco tempo que passei. Mas, como eu estava com pressa e precisava fazer uma compra, foi a única opção que encontrei”, frisou a estudante. (B.B)