Após a repercussão nacional das fotos e relatos de que detentos da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc) estão sofrendo uma epidemia dentro da unidade, familiares dos apenados se reuniram na manhã desta segunda-feira (20) em frente ao Palácio Senador Hélio Campos, no Centro, para pedir soluções ao governo do estado.
Segundo a esposa de um detento, os presidiários não possuem colchões, sandálias, escovas de dente, kits de higiene e trocas de roupa, já que cada um deles possui apenas uma farda.
“A situação está muito critica. Todos estão doentes e descalços e não tem produto de higiene. Quando fui visitar meu marido, ele estava fedido, com a roupa suja, velha e rasgada. Os pés deles estão ficando todos atrofiados com as coceiras, sem falar que eles estão há mais de anos dormindo naquele chão frio e duro. Disseram que depois dessa reforma, tudo iria ficar bom, mas não é isso que estamos vendo”, disse a esposa de um deles, que preferiu não se identificar.
OUTRO LADO – A Sejuc (Secretaria de Justiça e Cidadania) informa que há serviço médico disponível diariamente na Pamc (Penitenciária Agrícola do Monte Cristo) e já estão sendo feitas tratativas com a Sesau (Secretaria da Saúde), com o objetivo de avaliar a possibilidade de reforço das equipes médicas dentro da unidade.
Comunica que foram comprados colchões e a previsão de recebimento é até o fim do mês de fevereiro. Sobre o material de higiene pessoal, esclarece que os itens são fornecidos pelo Governo do Estado.
Em relação à alimentação, os internos recebem mais de um quilo de comida balanceada por dia. Os que necessitam de alimentação especial são atendidos de forma diferenciada.
No início de janeiro deste ano, houve uma reunião com familiares dos detentos e outra já está marcada para depois do carnaval.