Familiares de detentos da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc) realizaram uma manifestação em frente à unidade prisional nesta sexta-feira, 01. O motivo principal do protesto é a falta de visitas e as condições de saúde dos presos. Em resposta às alegações, a Secretaria Estadual de Justiça de Roraima (Sejuc) informou que número atualizado é de 28 reeducandos com o novo coronavírus.
Para chamar a atenção do poder público, mães e esposas dos detentos fizeram uma oração em conjunto em frente à Penitenciária Agrícola e ao Centro de Progressão Penal (CPP), onde há casos confirmados de covid-19. Os familiares alegam à Folha que não tinham acesso aos presos e nem a informações sobre o número de detentos que podem estar com covid-19.
Outra reclamação é de uma possível proliferação de infecção intestinal nos alojados na ALA 01 e que os detentos também passam horas sem acesso à água. Além disso, outro ponto levantado pelos familiares é pela liberação dos detentos que estão a poucos dias de terminar o cumprimento da pena, devido à pandemia do novo coronavírus.
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“Queríamos pedir atenção da Justiça para que libere os guerreiros que estão pra sair. O covid-19 já está dentro do sistema e corre o risco de morrer vários reeducandos porque lá estão todos aglomerados. Não tem espaço”, disse uma familiar que preferiu não se identificar.
SEJUC – Em nota, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) informa que, na Pamc há uma equipe médica fazendo atendimento todos os dias, e, até o momento, não há nenhum detento com infecção intestinal. Com relação a suspensão das visitas, ressalta que, por determinação judicial, as visitações foram suspensas por quatro meses, a contar do início do mês de abril se estendendo até o mês de julho.
“Sobre o número de internos infectados pelo novo coronavírus, a Secretaria informa que, até quinta-feira, 30 de abril, foram confirmados 28 casos. Desse total, dois casos são da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo”, ressaltou a Sejuc. A pasta não deu mais detalhes sobre as condições das vítimas.
