Famílias de internas da Cadeia Pública Feminina, no bairro Asa Branca, protestaram, na manhã desta quinta-feira (26), na frente da unidade, por melhores condições para as detentas.
“Nós não podemos visitá-las, não entendo o porquê, se já estão todas vacinadas”, disse a mãe de uma reeducanda. “Os mantimentos que trazemos (sacolões) para elas são jogados fora. Elas recebem absorventes vencidos e têm que compartilhar um sabonete com 12 parceiras de cela”, completou.
Segundo uma portaria da Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc), itens de higiene pessoal e limpeza geral não são solicitados, pois estes são fornecidos pelo governo mensalmente.
Uma familiar denunciou que “só tem dipirona dentro da penitenciária. Se elas passam mal e precisam ser levadas para o hospital, não entram em contato com nenhum parente”. Familiares chegaram a questionar a Sejuc sobre a situação, mas não receberam resposta até o momento.
Mas a Sejuc respondeu os questionamentos da FolhaBV:
“A Secretaria de Justiça e Cidadania esclarece que a entrada de itens e gêneros na Cadeia Pública Feminina segue um cronograma, com dias determinados e com os itens autorizados, dispostos em portaria de conhecimento dos familiares. Todo o excedente é recolhido pela unidade. Informa que está em fase de processo a aquisição de kits contendo roupas íntimas, toalha, lençol. No momento estão sendo disponibilizados os itens de higiene pessoal e limpeza. E acrescenta que a alimentação está sendo fornecida normalmente três vezes ao dia, seguindo o protocolo de todas as Unidades Prisionais de Roraima. Sobre as visitas presenciais, informa que estão suspensas em virtude da pandemia e por medida judicial. E somente serão retomadas após a aplicação da segunda dose da vacina contra a covid-19 de toda a população carcerária do Estado. Informa ainda que as visitas de forma virtual estão suspensas por decisão judicial até o dia 1º de setembro.”