Cotidiano

Famílias ainda lutam por informações sobre cinco garimpeiros desaparecidos

A intenção da retirada dos garimpeiros da região do Rio Uraricoera, ao Norte de Roraima, foi minimizar os recorrentes conflitos envolvendo o garimpo ilegal. As famílias de cinco garimpeiros que estavam atuando na região do Homoxi, na Terra Indígena Yanomami, no Município de Alto Alegre, que estão desaparecidos há aproximadamente cinco meses, continuam em busca de informação.

A filha de um desses garimpeiros, Ingrid Carreiro, disse à Folha que recebeu a informação de que o pai e outros quatro teriam sido mortos por índios. “A Funai continua não confirmando as mortes. Marcamos reunião com o Ministério Público Federal para que o órgão se posicione sobre o que será feito”, disse.

Na semana passada, familiares e representantes do Sindicato dos Garimpeiros de Roraima (Sindigar) realizaram uma intervenção no Monumento dos Garimpeiros, na Praça do Centro Cívico, para protestar contra as supostas chacinas nas áreas indígenas. “Esperamos que a Polícia Federal, Civil e Militar, além do Ministério Público Federal se sensibilizem para que tomem as providências e façam a remoção dos corpos”, informou o presidente do Sindicato, Crisnel Ramalho.

FUNAI – A Folha entrou em contato com um representante da Fundação Nacional do Índio, que explicou que o caso está sendo tratado de forma sigilosa e que enviou as informações para a sede do órgão, em Brasília, que está analisando a situação. (L.G.C)