A Fazenda Esperança Nossa Senhora de Guadalupe, localizada no Município de Iracema, na região Centro-Sul do Estado, no Km 423 da BR-174, que funciona como um núcleo de reabilitação a dependentes químicos e alcoólicos está sendo mantida apenas com doações e a vontade dos voluntários. A instituição está pedindo ajuda para dar suporte às atividades realizadas com os acolhidos.
O coordenador do projeto, Luciano Figueiredo, disse que a ajuda é necessária para manter a fazenda em funcionamento. “Nós não temos suporte do poder público, por isso dependemos da boa vontade das pessoas”, comentou. “Estamos buscando apoio para suprir nossas necessidades. Contamos com pessoas que doam seu tempo e se dedicam à fazenda, mas isso não é o suficiente”.
Segundo ele, o local é conduzido por voluntários e a maior dificuldade é conseguir ajuda. “Como exemplo da nossa dificuldade, podemos citar o consultório que nos foi doado, com equipamentos completos, mas que não existem profissionais voluntários para nos oferecer o serviço. Assim como não há um psicólogo ou médico que poderiam visitar a instituição quando tivessem tempo para nos atender”, complementou.
De acordo com Figueiredo, o trabalho realizado com os dependentes é importante para devolvê-los novamente a dignidade, o respeito, a educação e o trabalho. “A Fazenda Esperança não é apenas uma clínica de reabilitação, mas uma unidade social que visa o desenvolvimento pessoal e profissional das pessoas. É um estilo de vida que, se colocado em prática, vai mudar para melhor as crianças, jovens e adultos que fazem parte”, ressaltou.
As atividades são realizadas em um tripé: trabalho, convivência e espiritualidade. “Atualmente, são 34 acolhidos, entre dependentes químicos e de álcool. Estamos com a capacidade máxima. A terapia dura um ano e só depois é que poderemos receber mais pessoas. Vale ressaltar que estudos científicos apontam que 70% das pessoas tratadas nesse período voltam a ter uma vida normal”, complementou.
ESTRUTURA – O local tem uma estrutura voltada ao lazer. “Há uma quadra poliesportiva, onde fazemos atividades voltadas ao esporte pensando no bem-estar social dos participantes. Mas precisamos fazer reformas, como inserir iluminação, para que eles possam brincar durante a noite”, frisou o coordenador.
Figueiredo afirmou que o local é mantido por meio da comercialização de produtos feitos pelos integrantes do lugar. “Fazemos biscoitos de diversos sabores, assim como pães de cebola, caseiro e de leite. Outra atividade é a fabricação do sabão caseiro, mas a matéria-prima, o óleo de cozinha, que arrecadamos nos restaurantes, às vezes é muito difícil de conseguir. Então até para isso precisamos de contribuições”, explicou, acrescentando que os produtos são vendidos em igrejas e outros locais. “A renda é destinada ao desenvolvimento da instituição”, destacou.
Para ser voluntário é preciso entrar em contato com a instituição pelo número telefônico 99127–5933. “Muitas pessoas querem ajudar, mas não têm tempo, por isso disponibilizamos o acesso por meio do telefone para facilitar a comunicação. Qualquer doação é importante para nós, seja uma televisão, geladeira ou roupas usadas, tudo é bem-vindo”, destacou o coordenador. (B.B)