Cotidiano

Feirantes estão se adaptando a normas de higiene para impedir interdição

Com a possibilidade de interdição da Feira, comerciantes buscam orientações sobre segurança alimentar

Na tarde de ontem, 1º de agosto, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) promoveu mais uma reunião entre instituições governamentais e os comerciantes da Feira do Produtor, localizada no bairro São Vicente, zona Sul de Boa Vista. O encontro, que aconteceu na própria feira, busca orientar e capacitar os produtores para que eles se adequem às questões de segurança alimentar.

Participaram da ação a Fundação Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh), Agência de Defesa Agropecuária (Aderr), Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

De acordo com o procurador-geral, Edival Braga, a partir da decisão judicial que suspendeu a interdição da Feira, começou a ser feito um trabalho de parceria com as instituições governamentais para melhorar o método de manuseio e armazenamento dos alimentos e também a limpeza do local.

“A Feira funciona não só como um ponto de vendas, mas também como um centro de distribuição de alimentos. Por isso, a nossa ideia é, além de melhorar o trabalho do produtor, também melhorar a qualidade da produção. Para isso, precisamos orientá-los a, por exemplo, usar corretamente os agrotóxicos, pois o excesso será consumido por nós. Então, o conhecimento técnico é um dos pontos importantes que pretendemos trabalhar junto aos produtores”, afirmou Braga.

O administrador da Feira do Produtor, Maurício Lima, disse que após as primeiras reuniões já é possível notar melhorias. “Depois que foi anunciada a interdição da feira, os feirantes começaram a buscar orientações. Em relação à limpeza individual, por exemplo, é notável o avanço quando entramos na feira. Todos estão tentando se adaptar”, comentou.

Lima disse ainda que, juntamente com as instituições participantes, espera resolver todos os problemas. “Estamos fazendo um diagnóstico geral para saber como melhorar os pontos mais críticos. Iremos direcionar recursos para os itens mais carentes e garantir a segurança alimentar. Afinal, hoje em dia, não podemos trabalhar sem organização e sem oferecer produtos de qualidade para o consumidor”, comentou.

Na ocasião, o secretário adjunto da Seapa, Wolney Costa, disse que a reunião é a continuação do trabalho que está sendo realizado desde 2015. “Esse encontro faz parte de um levantamento das ações que serão realizadas na feira, onde serão identificados os maiores problemas do local”, ressaltou.

Para ele, o objetivo é buscar ideias construtivas junto aos produtores rurais e os parceiros envolvidos. “A presença dos feirantes nas discussões é fundamental, pois é através deles que saberemos quais as dificuldades encontradas aqui e, a partir do resultado desse estudo, buscar melhorias”, concluiu. (B.B)